
5, mar 2025
Prefeito de SC ameaça PM durante abordagem e diz ‘vou mostrar quem manda nesta cidade’
O prefeito Carlinhos Schiessl (MDB), de Bela Vista do Toldo (SC), foi flagrado em vídeo ameaçando um policial militar durante uma abordagem de trânsito no último domingo (2). O político tentou interferir no procedimento e pressionou o agente para que liberasse um veículo pertencente a seu afilhado sem a remoção para o pátio, como exige a lei em casos de irregularidades.
“Vamos amenizar a situação para ficar bom para todo mundo. Guinchar não!”, disse o prefeito no vídeo gravado durante a abordagem. Quando o PM se recusou a acatar a ordem, Schiessl aumentou o tom, bateu no peito e questionou: “Você quer guerra comigo?”
Ameaças e abuso de autoridade
No vídeo, o prefeito insiste para que o policial não siga com os trâmites legais e, diante da negativa, passa a ameaçá-lo diretamente:
“Eu sou o prefeito daqui da cidade”, disse Schiessl, enfatizando sua posição de autoridade.
“O prefeito aqui sou eu. Eu vou mostrar quem manda nessa cidade!”
“Eu não vou bater boca com você porque eu sou o prefeito e eu sou o teu chefe.”
As imagens mostram um claro caso de abuso de autoridade e tentativa de intimidação. O prefeito tentou se valer de seu cargo para influenciar uma abordagem legal da Polícia Militar.
Investigação e posicionamento da polícia
A Polícia Civil informou que solicitará autorização ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina para abrir um inquérito sobre o caso, já que Schiessl possui foro privilegiado. O delegado Darci Nadal confirmou que o policial militar agiu corretamente ao seguir os procedimentos exigidos para veículos com licenciamento vencido, removendo o carro para o pátio.
A investigação deve apurar indícios de ameaça, abuso de autoridade e concussão/corrupção passiva.
Repercussão e apoio ao policial
A Polícia Militar de Santa Catarina e a Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc) manifestaram total apoio ao PM envolvido na ocorrência.
💬 Nota da Aprasc:
“O policial agiu de forma exemplar, mantendo a postura profissional e aplicando a lei com imparcialidade, sem se curvar a pressões políticas.”
💬 Nota da PM:
“A abordagem e a condução do procedimento foram realizadas em conformidade com a legislação vigente, além de estar de acordo com os manuais operacionais da corporação.”
Quem é o chefe da Polícia Militar?
O advogado Guilherme Stinghen Gottardi, presidente da Comissão de Segurança, Criminalidade e Violência Pública da OAB/SC, esclareceu que prefeitos não têm autoridade sobre policiais militares, já que estes são servidores estaduais subordinados ao governador.
Ele também destacou a importância da gravação da abordagem como prova contra o abuso de autoridade do prefeito.
“Se o policial não tivesse gravado a ocorrência, como ele poderia se defender do prefeito em eventual procedimento futuro?”, questionou Gottardi.
Próximos passos
🔹 O prefeito Carlinhos Schiessl afirmou que se manifestaria sobre o caso nesta quarta-feira (5), mas, até a última atualização desta reportagem, não havia se pronunciado.
🔹 O MDB estadual disse que não comentará o caso.
🔹 A Polícia Civil aguarda autorização judicial para dar início às investigações formais.
O episódio evidencia um claro caso de tentativa de interferência política na atuação da segurança pública, gerando forte repercussão e apoio à conduta do policial militar, que se manteve firme diante das pressões do prefeito.
- 0
- Por Notícias

1, mar 2025
Ministério Público da Bahia acusa deputado Binho Galinha de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro
Parlamentar é apontado como chefe de um grupo miliciano que atua na região de Feira de Santana
O Ministério Público da Bahia apresentou denúncia contra o policial militar José Hildon Brandão e o deputado estadual Binho Galinha, suspeitos de participarem de um esquema de lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, o parlamentar seria o líder de uma organização paramilitar que opera na área de Feira de Santana.
A denúncia faz parte de um novo desdobramento da Operação El Patrón, iniciada em dezembro de 2023, cuja apuração gira em torno de crimes de lavagem de dinheiro, extorsão e exploração do jogo do bicho em Feira de Santana e municípios vizinhos.
No documento, o Ministério Público da Bahia pede a continuidade do afastamento cautelar do policial militar e a indisponibilidade de bens dos envolvidos, visando garantir a reparação dos danos ocasionados. Segundo os promotores, os acusados teriam ocultado a procedência ilícita de um lote situado no Bairro Papagaio, cuja aquisição supostamente teria sido financiada com recursos de atividades criminosas lideradas pelo deputado.
A compra teria ocorrido em setembro de 2022, com pagamento feito em espécie e sem documentação que comprovasse a posse legítima do vendedor, configurando indícios de lavagem de dinheiro. Além disso, o Gaeco identificou outras evidências relacionadas ao oficial da PM, como a compra de um automóvel em que parte do valor também foi paga em dinheiro vivo.
Apontado há mais de dez anos como líder de uma organização criminosa dedicada a crimes como agiotagem, receptação qualificada e jogo do bicho, o deputado Binho Galinha teria no policial militar um facilitador para disfarçar a origem de bens obtidos de forma ilícita.

25, fev 2025
STJ Mantém Prisão de Empresário Acusado de Lavagem de Dinheiro para Facção Criminosa em MT
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do empresário Wilian Aparecido da Costa Pereira, investigado por suposta lavagem de dinheiro para a facção Comando Vermelho (CV) em Mato Grosso. A decisão foi proferida pelo ministro Herman Benjamin e publicada nesta segunda-feira (24/02), mantendo Wilian em prisão preventiva no âmbito da Operação Ragnatela 2.
Acusações e Investigações
De acordo com as investigações, o empresário seria responsável por operações financeiras suspeitas realizadas por meio do Dallas Bar, uma casa noturna em Cuiabá, apontada como um dos estabelecimentos usados para lavagem de dinheiro do crime organizado. Os autos indicam que Wilian movimentou grandes quantias entre suas empresas e efetuou transferências diretas para membros do CV.
Os advogados Alynnson Corrêa Fernandes e Weliton de Almeida Santos, que representam a defesa, alegaram constrangimento ilegal na prisão preventiva, argumentando que não há provas concretas de que Wilian seja proprietário do Dallas Bar ou que tenha participado diretamente das operações sob investigação. A defesa também sustentou que outros investigados em situações similares já obtiveram liberdade e solicitaram a revogação da prisão ou a substituição por medidas cautelares.
Decisão do STJ
O ministro Herman Benjamin rejeitou os argumentos da defesa, destacando que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) ainda não analisou o mérito do habeas corpus originalmente impetrado no estado. Ele também ressaltou que o pedido feito ao STJ fere a Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal (STF), que impede a análise de habeas corpus contra decisão monocrática que apenas negou uma liminar, sem julgamento do mérito na instância inferior.
Na decisão, o magistrado reforçou que há indícios suficientes da participação de Wilian na organização criminosa, afirmando que o empresário teria efetuado transações financeiras expressivas entre suas empresas em favor do Comando Vermelho.
“O paciente [Wilian] é, em tese, integrante de organização criminosa, efetuando expressiva movimentação financeira com transações realizadas entre suas empresas, em favor da organização criminosa Comando Vermelho”, descreve a decisão.
Além disso, o STJ justificou a manutenção da prisão preventiva como necessária para garantir a ordem pública e evitar reiteração criminosa, considerando a possível influência do empresário dentro do esquema investigado.

25, fev 2025
Gaeco deflagra operação contra dono da Adolfo Autopeças por suspeita de crimes financeiros e receptação
Empresário Adolfo Pablo Menescal Mourão é apontado como o principal investigado em esquema criminoso de lavagem de dinheiro e adulteração veicular.
O Ministério Público do Maranhão (MPMA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), deflagrou a Operação 4×4 nesta quinta-feira (20). A ação teve como alvos os empresários Francisco Severino Almeida Araújo, dono da Neném Autopeças, e Adolfo Pablo Menescal Mourão, proprietário das empresas Adolfo Autopeças e Adolfo 4×4.
A operação teve como objetivo desarticular um esquema criminoso que envolvia lavagem de dinheiro, receptação e adulteração de sinais de identificação veicular. As empresas investigadas atuam no comércio de autopeças e sucatas na capital piauiense, Teresina.
Investigação e cumprimento de mandados
O Gaeco investiga o esquema desde 2020, com Adolfo Mourão sendo apontado como o principal investigado.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos estabelecimentos comerciais e nas residências dos envolvidos. Além das empresas Adolfo Autopeças e Adolfo 4×4, outra empresa pertencente ao empresário, a Lion Autopeças, também foi alvo da operação.
Durante a ação, foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos, que serão analisados para embasar o aprofundamento das investigações.
Apoio na operação
A operação contou com o suporte da Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência (Caei) do Ministério Público, do Instituto de Criminalística de Timon, da Polícia Militar do Maranhão, do Batalhão Especial de Policiamento do Interior do Estado do Piauí e do Departamento de Roubos e Furtos de Veículos de Teresina.
Histórico de investigações: Operação Mormaço
Essa não é a primeira vez que Adolfo Mourão é alvo das autoridades. Em junho de 2021, o empresário foi investigado na Operação Mormaço, também conduzida pelo Gaeco do Maranhão. Como resultado, a Justiça determinou a interdição dos seus estabelecimentos comerciais.
No entanto, o MPMA solicitou novos mandados de busca e apreensão após receber denúncias de que Adolfo Mourão estaria transferindo produtos das lojas interditadas para outros estabelecimentos, na tentativa de burlar a decisão judicial.
As investigações continuam para identificar o alcance do esquema e garantir o cumprimento das decisões judiciais.

25, fev 2025
Gaeco cumpre 40 mandados de busca e apreensão em sete municípios maranhenses
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão (MPMA) deflagrou, na manhã desta terça-feira, uma operação que cumpre 40 mandados de busca e apreensão em sete municípios do estado.
A ação foi autorizada pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão, por determinação da desembargadora Maria da Graça Peres Soares Amorim.
Empresas investigadas e municípios envolvidos
Segundo o MPMA, há indícios de ilegalidades na contratação de empresas pelo Município de Turilândia. As empresas sob investigação são:
- Posto Turi Ltda
- AB Ferreira Ltda
- WS Canindé Eireli
- SP Freitas Júnior Ltda (Construtora Inovar)
- Luminer Serviços Ltda
Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Turilândia, Santa Helena, Pinheiro, São Luís, Governador Nunes Freire, Carutapera e Luís Domingues.
Bloqueio de bens e apoio na operação
A Justiça determinou ainda o bloqueio de R$ 33.979.768,02 das contas bancárias dos investigados, valor correspondente ao levantamento parcial do dano causado ao erário.
A operação conta com o apoio de promotores de justiça do Gaeco dos núcleos de São Luís, Timon e Imperatriz, além de integrantes da Polícia Civil e Militar do Maranhão. Também participam promotores da Assessoria Especial de Investigação do procurador-geral de justiça e das comarcas de Santa Helena, Açailândia, Lago da Pedra, Santa Inês, Anajatuba, Viana, Colinas e São Luís. A Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência do MPMA (Caei) auxilia nos trabalhos.
Investigação e análise de provas
Os documentos e equipamentos eletrônicos apreendidos serão analisados pelo Gaeco e pelo Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD). O material coletado servirá para compor o conjunto probatório necessário para subsidiar a acusação contra os investigados.
Operação Tântalo: o significado do nome
Batizada de Operação Tântalo, a ação faz referência à mitologia grega. Na lenda, Tântalo foi condenado a passar a eternidade com sede e fome, vendo água e frutos ao seu alcance, mas nunca conseguindo tocá-los.
A metáfora representa o esquema criminoso investigado: recursos públicos foram destinados a contratos para bens e serviços essenciais, como fardamento, materiais de limpeza, obras e combustíveis, mas nunca chegaram ao seu real destino. Assim como Tântalo via os alimentos e a água sem poder acessá-los, a população testemunha o dinheiro sendo gasto, mas não recebe os benefícios prometidos.
Com a Operação Tântalo, a investigação busca romper esse ciclo de corrupção, punir os responsáveis e garantir que os recursos públicos sejam usados de forma adequada, atendendo às necessidades da sociedade.

13, fev 2025
Influenciador é preso em SP suspeito de ligação com o PCC
Empresário é investigado por envolvimento em crimes de estelionato, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro
O empresário e influenciador Filippe Ribeiro, de 29 anos, foi preso na manhã desta quinta-feira (13) durante uma operação da Delegacia de Investigações Gerais sobre Entorpecentes (Dise), que busca combater crimes de tráfico de drogas, estelionato e lavagem de dinheiro. Segundo a Polícia Civil, Filippe é suspeito de integrar um esquema fraudulento na compra e venda de veículos e passou a ser investigado por possível ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
A defesa do empresário foi procurada pela reportagem, mas ainda não se manifestou sobre o caso.
Golpes na compra e venda de veículos
Conforme as investigações, Filippe Ribeiro comprava veículos com financiamento em atraso por valores muito abaixo do mercado, revendia-os pelo preço normal e não quitava as dívidas, aplicando um golpe nos compradores e nas instituições financeiras.
Ele foi localizado e detido pela polícia em uma casa de luxo em Carapicuíba, na Grande São Paulo.
Negócios e redes sociais
Filippe Franco Ribeiro é proprietário da empresa Avanzza Soluções Ltda, que também opera sob o nome de fantasia Avanzza Bank. Com CNPJ válido e ativo desde 2021, a empresa tem sede em Barueri, na Grande São Paulo, e atua nos segmentos de comércio de veículos automotores, cobranças e consultoria em gestão empresarial, segundo a Receita Federal.
Nas redes sociais, onde tem cerca de 50 mil seguidores, Filippe ostenta carros de luxo e se apresenta como um “mentor financeiro”. Ele promove cursos sobre transformação financeira e afirma ter ajudado milhares de famílias a “sair do buraco financeiro”.
Em uma de suas postagens, ele se descreve como o “inimigo número 1 dos bancos” e promete ensinar como “nunca mais fazer dívidas”. Além disso, escreveu o livro “De devedor a empresário e investidor”, no qual conta como teria transformado uma dívida de R$ 300 mil em um “império lucrativo”.
Prisão anterior e investigações em andamento
Filippe já havia sido preso em setembro de 2024, quando a polícia apreendeu, em sua residência em Santana de Parnaíba, sete carros, três motos e munições, além de grande quantidade de documentos. Ele foi solto posteriormente, mas segue respondendo a um processo por “crimes contra o sistema nacional de armas”, com uma audiência marcada para 5 de maio no Fórum de Campinas.
Operação da Polícia Civil
A operação desta quinta-feira inclui o cumprimento de 12 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão em várias cidades paulistas, incluindo Barueri, Santana de Parnaíba, Itapevi, Cajamar, Carapicuíba, Monte Mor, Rio Claro e na capital.
As investigações continuam para esclarecer o grau de envolvimento de Filippe Ribeiro com o crime organizado e outros possíveis delitos ligados ao esquema.

30, jan 2025
Justiça descobre idoso que desconhecia ação contra banco em investigação sobre advocacia predatória
Operação Anarque, do Gaeco, revela fraudes em processos envolvendo vulneráveis; advogado Luiz Fernando Cardoso Ramos é suspenso.
A Justiça de Eldorado (MS) identificou um caso emblemático de advocacia predatória durante o pente-fino iniciado após a Operação Anarque, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Um idoso de 82 anos descobriu que tinha um processo contra o Banco Itaú, mesmo sem nunca ter autorizado ou sequer ter conhecimento da ação.
A prática da advocacia predatória consiste no ajuizamento em massa de ações semelhantes contra instituições financeiras e outros alvos, muitas vezes sem o consentimento dos supostos clientes.
Idoso desconhecia ação e processo foi extinto
No caso identificado em Eldorado, o pedido movido em nome do idoso exigia a devolução em dobro de R$ 3.059,36 e uma indenização por danos morais no valor de R$ 10 mil.
“Tendo em vista o envolvimento do patrono da parte executada nos fatos investigados pela Operação Anarque, esta foi intimada pessoalmente para regularizar sua representação. A parte executada, por meio da Defensoria Pública, informou que não tinha conhecimento do processo”, afirmou a juíza Raissa Silva Araújo.
Diante da irregularidade, a magistrada determinou a extinção do processo sem resolução de mérito, destacando a ausência de um pressuposto fundamental para a validade da ação.
O advogado Luiz Fernando Cardoso Ramos, que já havia sido preso durante a Operação Anarque, foi condenado a arcar com as custas processuais e honorários advocatícios do banco.
Justiça reforça pente-fino em processos suspeitos
A Justiça de Eldorado tem convocado clientes de advogados investigados para comparecerem ao cartório e confirmarem se, de fato, autorizaram as ações judiciais movidas em seus nomes.
“Apesar das diversas medidas adotadas por este juízo em centenas de processos, o escritório advocatício que patrocina a parte autora insiste no método irregular, resistindo a cooperar e corrigir as falhas apontadas”, destacou a magistrada.
As investigações indicam que muitos dos processos são ajuizados sem o conhecimento dos clientes, especialmente contra bancos e instituições financeiras.
Esquema milionário e exploração de vulneráveis
A Operação Anarque, conduzida pelo Gaeco, revelou a existência de duas organizações criminosas lideradas por advogados que ingressaram com mais de 70 mil ações judiciais em todas as regiões do país.
As ações, muitas vezes consideradas temerárias pelo Poder Judiciário, tinham como foco alegar fraudes em empréstimos consignados, utilizando procurações obtidas de idosos, deficientes e indígenas para ingressar com processos em seus nomes.
Cerca de 10% das ações terminavam com vitória na Justiça, enquanto outras eram resolvidas por meio de acordos em massa com instituições financeiras.
As investigações apontam que, em menos de cinco anos, os advogados responsáveis pelo esquema movimentaram cerca de R$ 190 milhões, explorando pessoas em situação de pobreza e vulnerabilidade social.
A Justiça segue monitorando os processos ligados a esses escritórios e impondo sanções aos advogados envolvidos, a fim de coibir essa prática que compromete a integridade do sistema judicial.

29, jan 2025
PCC financiou viagem à Europa de diretor de documentário da Netflix, aponta investigação
O cineasta Rodrigo Giannetto, diretor do documentário O Grito, que aborda o sistema carcerário brasileiro, realizou uma viagem para a Europa com passagens pagas por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo a Polícia Civil de São Paulo, o valor dos bilhetes foi de R$ 18.350 e a compra foi realizada por Kauê do Amaral Coelho, suspeito de envolvimento no assassinato do empresário e delator do PCC, Vinícius Gritzbach, ocorrido em 8 de novembro.
A informação foi inicialmente divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmada pelo portal Poder360. A viagem aconteceu entre 6 e 24 de outubro, levando o cineasta de São Paulo para Palermo (Itália) e Londres (Reino Unido).
Negativa de envolvimento
Em entrevista ao Estadão, Rodrigo Giannetto negou qualquer vínculo com o PCC e afirmou não conhecer Kauê do Amaral Coelho. Segundo o diretor, sua viagem teve como objetivo participar do Festival Internazionale Nebrodi Cinema, na Itália.
A Netflix, por sua vez, esclareceu ao Estadão que não produziu o documentário O Grito, apenas licenciou o conteúdo dos realizadores.
“A Netflix não teve nenhuma participação na produção do filme, tampouco em seu financiamento ou na participação em festivais.”
Documentário e suspeitas
O documentário O Grito, dirigido por Giannetto, critica o sistema penitenciário brasileiro e aborda as condições dos presos no país. A produção inclui entrevistas com familiares de membros do PCC e do Comando Vermelho (CV), além de depoimentos de líderes do crime organizado, como Marcinho VP, do Comando Vermelho, e Marcola, do PCC.
Operação Fake Scream: ONG sob investigação
A viagem de Rodrigo Giannetto é parte da investigação da Operação Fake Scream, conduzida pela Polícia Civil de São Paulo em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A operação apura a relação entre o PCC e a ONG Pacto Social & Carcerário de S.P., que teria conexões com a facção criminosa.
O nome da operação, que significa “falso grito”, faz referência ao título do documentário.
Como as passagens foram adquiridas?
Segundo Rodrigo Giannetto, ele foi procurado pela agência K2 para dirigir o documentário. Posteriormente, ao participar de um evento de exibição do filme, ele teria recebido o convite para o festival na Europa. Durante a organização da viagem, algumas ONGs ligadas ao sistema prisional sugeriram que ele entrasse em contato com uma agência de viagens localizada em Jundiaí.
Ao buscar informações sobre os bilhetes aéreos, Giannetto teria sido informado de que as passagens já estavam pagas.

28, jan 2025
Presa por estelionato, ex de rapper gringo e atriz: quem é Ray Figliuzzi, nova namorada de Belo
Modelo já é chamada de “primeira-dama” por amigos do cantor
O cantor Belo está vivendo um novo amor. A modelo Rayane Figliuzzi, de 27 anos, é apontada como sua nova namorada e está ao lado dele em seu cruzeiro temático. Amigos próximos do casal já se referem a Rayane como “primeira-dama”.
Passado com rapper norte-americano
Rayane Figliuzzi não é desconhecida do público. Em 2020, ela ganhou destaque nas mídias ao ser vista acompanhando o rapper norte-americano Tyga durante sua visita ao Brasil. A modelo tornou-se a companhia inseparável do cantor durante sua estadia no Rio de Janeiro, depois de se conhecerem por meio de um amigo em comum.
Polêmicas e problemas legais
Rayane tem um histórico marcado por polêmicas. Em 2022, foi presa sob acusação de estelionato, apontada como integrante de uma quadrilha de clonagem de cartões de crédito. Apesar disso, ela se descreve como empresária e atriz em suas redes sociais, onde acumula mais de 100 mil seguidores. Ray é dona de uma marca de biquínis, frequentemente posando com as peças para promover seus produtos.
Vida pessoal e trajetória profissional
Natural de Petrópolis, Rayane foi casada até 2019 com um empresário carioca mais velho. Além de atuar como modelo em eventos e catálogos, ela fez curso de interpretação na escola do diretor Wolf Maya e chegou a atuar em alguns trabalhos.
Rayane também ocupou um cargo comissionado na Fundação CEPERJ da Secretaria de Estado da Casa Civil e Governança do Rio de Janeiro, onde recebia um salário de R$ 3.650,00. No entanto, não havia registro de publicações sobre esse trabalho em suas redes sociais. Ela foi exonerada do cargo em 2020.
Romance com Belo
Atualmente, Rayane vive um romance com Belo, que recentemente ganhou os holofotes com o lançamento de um documentário sobre sua vida. Durante o cruzeiro temático do cantor, Rayane se hospedou em uma cabine luxuosa avaliada em R$ 50 mil, reforçando sua posição de destaque ao lado do pagodeiro.
Apesar das polêmicas, Rayane Figliuzzi segue construindo sua vida como empresária e modelo, agora com a atenção redobrada devido ao relacionamento com um dos maiores nomes do pagode brasileiro.

28, jan 2025
Dona de brechó de luxo é acusada de golpe milionário contra mais de 200 clientes
O brechó de acessórios de luxo Desapego Legal, que acumula mais de 220 mil seguidores no Instagram, está envolvido em uma série de denúncias de calotes. A proprietária, Francine Prado, é acusada por mais de 200 pessoas de não repassar os pagamentos pelos itens que recebeu e revendeu em sua loja virtual. O prejuízo total estimado ultrapassa R$ 5 milhões.
A situação ganhou destaque após ser abordada em uma reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, exibida no último domingo, 26 de janeiro.
Denúncias e processos judiciais
A empresa Desapego Legal é mencionada em quase 100 processos judiciais, além de diversos boletins de ocorrência registrados contra Francine Prado e seu marido em diferentes estados. No site Reclame Aqui, o brechó aparece como “não recomendado”, com 183 reclamações registradas.
Apesar das denúncias, o perfil do brechó continua ativo nas redes sociais. No entanto, após a exibição da reportagem, a loja restringiu os comentários em suas publicações.
Vítimas do golpe
Um dos clientes prejudicados, o baiano Lázaro Felipe, relatou que atuava como intermediário entre clientes e o brechó, enviando peças de luxo para Francine Prado vender em troca de uma comissão.
“Eu já estava muito conhecido em Salvador, começando a realizar meus sonhos. Mas tudo virou um pesadelo”, afirmou em entrevista.
Segundo Lázaro Felipe, os pagamentos pelas peças enviadas pararam de ser feitos em 2023. Para honrar seus compromissos, ele precisou contrair um empréstimo de R$ 50 mil com agiotas e até vendeu seu carro. Mesmo após várias tentativas de cobrança, ele afirma que Francine Prado sempre apresentava desculpas para os atrasos.
Investigação em andamento
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) confirmou, por meio de nota, que o brechó Desapego Legal está sendo investigado para esclarecer as denúncias. A empresa mantinha uma sede física em um prédio localizado em frente ao MP em São José dos Campos (SP), mas o local foi fechado.
O marido de Francine Prado enviou uma nota ao Fantástico, alegando que a empresa enfrenta dificuldades financeiras, mas negando qualquer intenção de fraude ou prejuízo aos clientes. Ele também afirmou que a empresa já fechou acordos com cerca de 400 fornecedores.
🚨 O caso segue sob investigação e novos desdobramentos são esperados.



