11, mar 2024
Polêmica no Rio: Policiais Militares são Flagrados Celebrando Aniversário de Miliciano em Hospital
Policiais Militares podem ser excluídos da corporação após vídeo polêmico em hospital
Um vídeo viralizou nas redes sociais mostrando dois sargentos da Polícia Militar celebrando o aniversário de um miliciano internado sob custódia no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O preso em questão é Jean Arruda da Silva, ferido durante uma operação que resultou na prisão de 15 suspeitos ligados à milícia, incluindo o grupo liderado por Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho. A comemoração improvisada incluiu bolo, refrigerante e até mesmo um pedido de aplausos para o aniversariante. Os policiais foram identificados e encaminhados à 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar para medidas disciplinares, podendo enfrentar punições severas, inclusive a exclusão da corporação.
A operação que culminou na prisão dos suspeitos teve início após informações do setor de inteligência da Polícia Civil. O grupo de milicianos foi interceptado na Avenida Brasil, em Campo Grande, enquanto se deslocavam entre comunidades. Durante a abordagem, foram apreendidas armas de fogo e coletes falsos da Polícia Militar, adquiridos pelos criminosos pela internet. Seis dos suspeitos foram feridos durante o confronto e foram levados sob custódia policial para o Hospital Municipal Pedro II.
Os presos fazem parte de um grupo que vinha sendo monitorado há meses pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Oito dos detidos já possuíam antecedentes criminais. A operação, que contou com a atuação conjunta de agentes da PRF, Draco e Polícia Militar, resultou na prisão de 15 milicianos, com apenas um indivíduo conseguindo escapar.
A Polícia Militar, por meio de sua assessoria, declarou que a Corregedoria está acompanhando o caso e que os policiais envolvidos serão submetidos a um Procedimento Administrativo Disciplinar, podendo enfrentar a exclusão dos quadros da corporação. O posicionamento ressaltou ainda que o comando da PM não tolera desvios de conduta por parte de seus membros e que punirá com rigor os envolvidos em condutas impróprias ou criminosas.
Os presos são:
- Alexandro dos Anjos Garcia
- Driel Azevedo de Araújo (baleado e hospitalizado)
- Jean Arruda da Silva (baleado e hospitalizado)
- Jefferson Ferreira de Oliveira (baleado, atendido e recebeu alta)
- Jhonata Farias de Araújo
- Leandro de Oliveira Silva
- Lucas Martins Venâncio
- Lucas Souza de Ramos
- Marcos Aurélio Soares Santos de Carvalho (baleado, atendido e recebeu alta)
- Marcos Paulo Dias Moreno
- Marcos Vinícius da Silva Raimundo
- Mário Lúcio de Souza Cruz
- Marlon da Cruz Chaves (baleado, atendido e recebeu alta)
- Maurício Paiva da Costa Júnior
- Wallace de Oliveira Balbino (baleado e hospitalizado)
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- Por Notícias
26, out 2023
Justiça converte em preventiva prisão temporária de liderança da milícia de Zinho
Peterson Luiz de Almeida, vulgo Pet ou Flamengo, foi preso no dia 30 de agosto durante ação da Polícia Federal e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. O Criminoso atuava nos bairros de Sepetiba e Nova Sepetiba, na Zona Oeste.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) converteu em preventiva a prisão temporária do miliciano Peterson Luiz de Almeida, conhecido como Pet ou Flamengo. O criminoso foi preso em agosto durante ação da Polícia Federal e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.
A pedido do Gaeco, a 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa da Capital aceitou a denúncia contra Pet, que vai responder pelos crimes de milícia privada e comércio ilegal de arma de fogo.
Pet é uma das lideranças da maior milícia que atua no Rio de Janeiro, grupo criminoso controlado por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. O criminoso atuava nos bairros de Sepetiba e Nova Sepetiba, na Zona Oeste.
O envolvimento dele com grupos milicianos foi revelada após análise de materiais apreendidos e diligências realizadas na “Operação Dinastia”, deflagrada em agosto de 2022.
Na investigação, o Gaeco apurou que ele negociava armas para o miliciano Zinho – que sucedeu Ecko depois de sua morte -, e aparece em ligações com o também miliciano Latrell – que está preso e pertence ao mesmo grupo criminoso.
Pet foi preso na Rodovia Presidente Dutra, na altura do município de Paracambi, Região Metropolitana do Rio.
Ele responde pelos crimes de milícia privada e comércio ilegal de arma de fogo. Se somadas, as penas máximas podem atingir os 20 anos de reclusão.
23, out 2023
Sobrinho de Zinho é baleado em troca de tiros com a polícia na Zona Oeste do Rio
Matheus Rezende foi atingido por disparos durante confronto na comunidade Três Pontes. Em setembro, ele e mais cinco suspeitos foram denunciados pela morte do ex-vereador Jerônimo Guimarães, o Jerominho.
Matheus da Silva Rezende, sobrinho do miliciano Zinho, foi baleado, nesta segunda-feira (23), em uma troca de tiros com a Polícia Civil, na comunidade Três Pontes, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.
O confronto envolveu policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE). Além da Core, agentes da Polinter estão no local.
Segundo a polícia, Matheus, também conhecido como Teteu e Faustão, é apontado como o segundo na hierarquia da milícia da região.
Ele também é acusado de envolvimento na morte do ex-vereador Jerônimo Guimarães, o Jerominho, um dos fundadores da antiga Liga da Justiça, milícia que atua em Campo Grande, na Zona Oeste.
Jerominho foi morto no dia 8 de agosto de 2022 em Campo Grande. Uma das suspeitas é que ele tenha sido morto pela milícia de Zinho numa disputa territorial.
Em setembro, o Ministério Público do Rio (MPRJ) denunciou seis pessoas pelo crime, incluindo Zinho e Matheus.
5, set 2023
MPRJ denuncia Zinho e outras cinco pessoas pela morte de ex-vereador Jerominho e um amigo
Além de Zinho, foram denunciados Rodrigo dos Santos, vulgo Latrell ou Eclesiastes 3; Matheus da Silva Rezende, conhecido como Fausto; Alan Ribeiro Soares, vulgo Nanã ou Malvadão; Paulo David Guimarães Ferraz Silva, o Costelinha e Yuren Cleiton Felix da Silva, vulgo Naval.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, e outras cinco pessoas pelo homicídio de Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho e seu amigo Maurício Raul Atallah, em agosto de 2022, em Campo Grande, na Zona Oeste.
Irmão de Wellington da Silva Braga, o Ecko, que morreu em junho de 2021, Zinho é o chefe da maior milícia do RJ.
Além de Zinho, foram denunciados Rodrigo dos Santos, vulgo Latrell ou Eclesiastes 3; Matheus da Silva Rezende, conhecido como Fausto; Alan Ribeiro Soares, vulgo Nanã ou Malvadão; Paulo David Guimarães Ferraz Silva, o Costelinha e Yuren Cleiton Felix da Silva, vulgo Naval.
Desde o crime, segundo investigadores, Nanã se desvinculou da organização de Zinho e criou o próprio grupo criminoso.
De acordo com a denúncia, feita através da 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro, Alan, Paulo David, Yuren e uma outra pessoa não identificada, seguindo as ordens de Zinho, Rodrigo e Matheus, efetuaram vários disparos contra as vítimas, que acabavam de estacionar o carro em frente a um supermercado.
As investigações, segundo o MP, mostraram que Maurício Raul Atallah foi morto porque estava na companhia de Jerominho, o alvo principal. O motivo do crime foi a descoberta, por parte de Zinho, de um plano para que Jerominho e seu irmão Natalino José Guimarães retomassem a liderança da organização criminosa.
Fundador da Liga da Justiça
“Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, foi vereador do Rio de Janeiro entre os anos de 2000 e 2008 e fundador da milícia privada conhecida como Liga da Justiça, organização criminosa responsável pela prática de homicídios e extorsões, em razão da cobrança de taxas de segurança a comerciantes e moradores da Zona Oeste desta comarca, principalmente no bairro Campo Grande”, diz um trecho da denúncia.
“Após perder sua liderança sobre as atividades da milícia que ajudou a criar, em razão do longo período em que esteve preso (entre os anos de 2007 e 2018), a Jerominho, ao ter a liberdade restabelecida, traçou um plano para retomar o controle da organização criminosa da qual fora líder, juntamente com seu irmão Natalino José Guimarães”, diz trecho da denúncia. Na época do crime, a milícia privada, antes conhecida como “Liga da Justiça” era comandada pela chamada “Tropa do Zinho” ou “Tropa do Zorro”, acrescenta o texto.
“O crime foi perpetrado por motivo torpe, praticado em razão de disputa pelo controle das atividades ilícitas exploradas pela milícia privada que domina a região da Zona Oeste. E o homicídio foi realizado de forma que tornou impossível a defesa das vítimas, haja vista terem sido atacadas durante o momento em que desembarcavam do automóvel, por criminosos que estavam em superioridade numérica e por disparos de arma de fogo efetuados à curta distância”, diz outro trecho da denúncia.