13, jun 2023
Justiça absolve de violação sexual mediante fraude massagista acusado por paciente em SP
Nelson Lemoine atendia no bairro do Morumbi, Zona Sul de São Paulo. Caso foi registrado em 2019.
A 1ª Vara Criminal de São Paulo absolveu o massagista Nelson Lemoine Rodrigues do crime de violação sexual mediante fraude em 28 de fevereiro deste ano. A Polícia Civil de São Paulo investigou o caso em 2019, depois que uma mulher afirmou que Lemoine passou a mão na genitália dela durante uma manobra de massagem.
Na época, Nelson atendia numa clínica no bairro do Morumbi, Zona Sul de São Paulo. Em conversa com o g1, naquele ano, a mulher contou que era cliente da clínica havia um ano e que fazia um tratamento de realinhamento da coluna com outros profissionais do local. No final de abril, Nelson foi designado para atendê-la (leia mais abaixo).
“Após a instrução processual, não se produziram provas suficientes para o acolhimento, com a certeza exigida no processo penal, da pretensão penal e consequente responsabilização penal do acusado”, escreveu o juiz.
À Justiça, a mulher contou que conheceu o réu Nelson em janeiro de 2019 por uma amiga em comum e o toque dele teria ocorrido durante um atendimento.
“Não se ignora o relato da vítima, mas seu relato não é corroborado por outros elementos probatórios, ainda que indiretos, que permitissem ao Juízo a formação de sua convicção livre de dúvidas, conforme é exigido em processo de natureza criminal”, completou o juiz.
O que disse a vítima
“Eu já conhecia o procedimento e notei que ele fez coisas que não faziam parte. Tem uma manobra em que é colocada a mão no bumbum. Nesse momento ele colocou a mão por dentro da minha calça, passou a mão no bumbum e na minha genitália”, contou ao g1 na época.
A vítima disse que ficou “em choque”. “Eu sabia que aquilo não fazia parte do procedimento, mas na hora a gente fica tão em choque que não sabe o que fazer. Eu não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo”, relatou.
À Justiça, ele afirmou que não elogiou a vítima durante o procedimento de “forma sexualizada”, mas que tinha brincadeiras com os pacientes, “mas nunca de cunho sexual”. Negou ter tocado nas partes íntimas da vítima.
Sobre o método Body Allignment, afirmou que era preciso que o paciente desabotoe a calça e deite de barriga para baixo na maca para manusear o sacro e sustentou que “ela pode ter confundido com um abuso sexual”.
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- Por Notícias