24, jun 2024
Advogada é Presa por Injúria Racial e Agressão em Aeroporto e Perde Cargo na OAB-MG

Esse caso envolvendo a advogada Luana Otoni de Paula traz à tona um grave incidente de injúria racial e agressão física, ocorrido no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, Minas Gerais. A situação culminou com a prisão em flagrante pela Polícia Federal e a consequente destituição de seu cargo de presidente da “Comissão de Direito da Moda” da Ordem dos Advogados de Minas Gerais (OAB-MG).

Detalhes do Incidente

No domingo, 23 de junho de 2024, Luana Otoni era passageira de um voo com destino a Natal, no Rio Grande do Norte. Antes de embarcar, ela sofreu uma queda e foi prontamente atendida por funcionários da companhia aérea Azul. Segundo relatos, a advogada aparentava sinais de embriaguez, e o gerente operacional seguiu os protocolos de segurança aérea, sugerindo que ela fosse realocada em outro voo por motivos de segurança.

Contudo, ao ser retirada do avião, Luana reagiu de forma agressiva, proferindo insultos raciais contra um dos funcionários, chamando-o de “macaco, preto, cretino, babaca”. Além dos insultos, ela agrediu fisicamente o funcionário com socos e chutes. Outro colaborador da companhia também foi ofendido verbalmente ao tentar conter a advogada.

Consequências

Após o ocorrido, a Polícia Federal foi acionada e a advogada foi presa em flagrante, sendo levada à delegacia em Vespasiano para prestar esclarecimentos. A gravidade do episódio fez com que a OAB-MG, por meio de uma portaria assinada por seu presidente Sérgio Leonardo, destituísse Luana de seu cargo na Comissão de Direito da Moda.

Reações e Desdobramentos

A atitude de Luana Otoni gerou ampla repercussão, tanto na mídia quanto entre a sociedade, devido ao caráter racial das ofensas. A Azul Linhas Aéreas emitiu nota repudiando qualquer tipo de agressão ou ofensa, enfatizando que medidas cabíveis seriam tomadas.

A injúria racial, conforme tipificada no Código Penal brasileiro, é um crime que pode resultar em penas severas, especialmente quando agravada por agressões físicas. O caso de Luana Otoni serve como um triste lembrete dos desafios que ainda enfrentamos em relação ao racismo e à discriminação no Brasil.

24, jun 2024
Polícia Civil instaura inquérito para investigar vereador que tentou abrir CPI contra padre Júlio Lancellotti

Investigação atende decisão do MP-SP e acata pedido de uma organização social, que argumentou crime de abuso de autoridade do vereador Rubinho Nunes. Parlamentar disse que representação é ‘completo absurdo’.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o vereador de São Paulo Rubinho Nunes (União Brasil), que apresentou o pedido para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o padre Júlio Lancelotti.

A investigação contra o vereador atende a uma determinação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que acatou um pedido do Instituto Padre Ticão.

Rubinho Nunes protocolou dois pedidos de aberturas de CPIs na Câmara de São Paulo:

Em dezembro de 2023, ele solicitou uma investigação para apurar ONGs que atuam na Cracolândia. O nome do padre Júlio não foi citado no texto, mas o vereador passou a atacar o religioso nas redes sociais.
Em março deste ano, o vereador protocolou outro pedido para investigar abuso e assédio sexual contra pessoas vulneráveis, usuárias de drogas e em situação de rua na capital. A proposta tem como foco principal o padre Júlio, apesar de o nome do pároco não ser mencionado no texto.

Em uma notícia de fato, o Instituto Padre Ticão argumentou que o vereador cometeu abuso de autoridade ao tentar abrir uma CPI “mesmo sem qualquer indício de conduta criminosa por parte do pároco, com única motivação de produzir ganho pessoal de capital político”.

“A CPI, da forma como proposta e em ano eleitoral, é abusiva e merece apuração por parte do Ministério Público e da Polícia Civil”, afirmaram os advogados Marcos Sá, Gilney Mello e André Lozano, que representam o instituto.

A organização afirmou ainda que Rubinho Nunes divulgou fake news contra Júlio Lancelotti e cometeu aporofobia (medo ou rejeição aos pobres).

Na decisão, o promotor Paulo Henrique Castex afirmou que o caso merece ser melhor esclarecido, para apurar se houve conduta com repercussão criminal. Por este móvito, determinou a instauração de um inquérito policial.

Em uma rede social, o vereador Rubinho Nunes afirmou que a representação é “um completo absurdo” e que não há qualquer abuso de autoridade em relação à CPI.

“Vou estudar uma Representação Criminal contra os responsáveis pelo instituto por Denunciação Caluniosa Eleitoral, haja vista que aguardaram a eleição se avizinhar para apresentar a estapafúrdia denúncia”, escreveu.

Histórico
Em dezembro de 2023, o vereador Rubinho Nunes protocolou um pedido de CPI para investigar as ONGs que atuam na Cracolândia, no Centro de São Paulo.

Ao menos 25 vereadores assinaram o requerimento. À época, o vereador começou a fazer ataques contra Júlio Lancelotti, dizendo, inclusive, que o levaria algemado para depor na Câmara. 

As publicações do vereador levaram ao menos oito vereadores a anunciar a retirada de apoio para a investigação.

Entre os parlamentares que anunciaram publicamente a desistência estão os vereadores Milton Ferreira (Podemos), João Jorge (PSDB), Beto do Social (PSDB), Dr. Nunes Peixeiro (MDB), Thammy Miranda (PL), Xexéu Trípoli (PSDB), Sidney Cruz (Solidariedade) e Sandra Tadeu (União Brasil).

Apesar disso, membros da base de apoio do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na Câmara apresentaram uma proposta de manter a abertura da CPI, excluindo, no entanto, o religioso das investigações.

Diante do impasse entre vereadores favoráveis e contrários à investigação e diante de supostas novas provas apresentadas por Rubinho aos colegas, o acordo entre as lideranças é que o pedido seja apreciado no plenário, em debate público para a sociedade acompanhar.

Já no dia 13 de março deste ano, Rubinho apresentou um novo pedido para investigar abuso e assédio sexual contra pessoas vulneráveis, usuárias de drogas e em situação de rua na capital. Ao todo, 19 vereadores apoiaram a proposta.

O requerimento ainda precisa passar por duas votações no plenário da Câmara e conseguir ao menos 28 votos favoráveis. Além disso, para “furar a fila” de outras propostas de CPI, é preciso haver um acordo entre todos os parlamentares da Casa.

 

21, jun 2024
Pai de santo é indiciado por estupro de crianças e produção de pornografia infantil no RS, diz polícia

De acordo com a investigação da Polícia Civil, ele atuava como pai de santo em regiões de Viamão onde residiam famílias em situação de vulnerabilidade, e “aliciava crianças que estavam abandonadas pelos pais”. Defesa não se manifestou.

A Polícia Civil indiciou o pai de santo Cleber Otavio Silva da Silva, de 45 anos, por estupro de vulnerável, bem como armazenamento, produção e distribuição de material pornográfico infantil, em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Conforme a delegada Marina Dillenburg, responsável pela investigação, Silva atuaria como pai de santo em regiões da cidade onde residiam famílias em situação de vulnerabilidade, e “aliciava crianças que estavam abandonadas pelos pais” (saiba mais abaixo).

Ao longo da investigação, foram identificadas 13 vítimas de abusos sexuais que teriam sido cometidos por ele. São crianças e adolescentes com idades entre 11 e 16 anos das cidades de Viamão, Canoas e Porto Alegre. Ele também teria produzido conteúdo pornográfico.

“É uma coisa doentia. Além de produzir as imagens, ele divulgava. Ele repassava, ele tinha comunidades, grupos de WhatsApp, onde ele marcava encontros sexuais. Ele tinha toda uma identificação e um comportamento voltado para esse tipo de coisa”, afirma a delegada Marina Dillenburg, responsável pela investigação.
O companheiro dele, um homem de 19 anos, também foi indiciado pelos mesmos crimes. Os dois estão presos.

Membros de grupos são investigados
A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar os membros dos grupos nas redes sociais em que o pai de santo divulgava o conteúdo pornográfico infantil.

Dois integrantes já foram identificados. As identidades deles não foram divulgadas. Eles devem ser responsabilizados pelos mesmos crimes que o pai de santo e o companheiro dele.

Como o caso foi descoberto
Segundo a delegada Marina, Silva atuava como pai de santo em regiões de Viamão onde residiam famílias em situação de vulnerabilidade, e “aliciava crianças que estavam abandonadas pelos pais”.

“Abandonadas, pois as crianças viviam na maior parte do tempo nas ruas e sem o suporte familiar, sem estrutura familiar. [Ele] se aproximava delas e passava a ser um pai, um mentor espiritual, guru. Depois de captar essas crianças, [ele] entrava com processo para ter a guarda provisória”, explica a delegada.
Uma dessas crianças, de 11 anos, denunciou o pai de santo. Ela apresentou mudanças de comportamento em um abrigo de acolhimento institucional, que abriga menores de idade afastados da família por determinação judicial, de acordo com uma assistente social do espaço.

“Agressividade, comportamento hostil, mudança de comportamento. A criança está bem, daqui a pouco ela tem um sopetão de agressividade. Esse foi o principal alerta que a gente teve”, conta Cida de Jesus, coordenadora de abrigos no município.

O caso chegou à Polícia Civil, que começou a investigar.

Os abusos
A investigação da Polícia Civil indica que o pai de santo cometia os crimes há pelo menos 10 anos. Após a aproximação, começavam os abusos.

“Ele submetia essas crianças, além dessa tortura física, sexual, ele também fazia tortura no sentido de que eles tinham que passar por sessões religiosas e de curas”, afirma a delegada.
Além disso, ele tentava adotar as crianças com o objetivo de conseguir a guarda definitiva delas.

“Ele estava prestes a conseguir a guarda definitiva de duas crianças quando foi preso, mas já tinha a provisória. Estava tentando a terceira, que foi a ‘vítima número 1’, a que relatou os abusos no abrigo”, diz a delegada.

Para que elas não denunciassem o caso, eram chantageadas e manipuladas.

“Elas realmente acreditavam que se não fizessem as coisas, um feitiço aconteceria. Se não fosse o relato dessa criança no abrigo, ele estaria sendo pai legalmente dessas crianças e continuaria a cometer os abusos”.
Como denunciar
A Polícia Civil segue em alerta para a possibilidade de existirem outras vítimas de abuso. A Delegacia de Viamão pode ser contatada pelo WhatsApp (51) 98608-1550. O telefone geral para denúncias no RS é o 197.

20, jun 2024
Operação contra Corrupção Prende Quatro Prefeitos e Cumpre Mandados em 23 Cidades de SC

A ação é contra possível organização criminosa comandada por grupo empresarial. Segundo MPSC, eles fraudavam licitações em conjunto com poder público.

Uma mega operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (19) busca cumprir 11 mandados de prisão preventiva, cinco de suspensão do exercício das funções públicas e 63 de busca e apreensão em 23 cidades de Santa Catarina, uma no Rio Grande do Sul e em Brasília, informou o Ministério Público Estadual (MPSC). Quatro prefeitos foram presos. São eles:

– Clori Peroza (Ipuaçu)
– Fernando de Fáveri (Cocal do Sul)
– Marcelo Baldissera (Ipira)
– Mario Afonso Woitexem (Pinhalzinho)

Prefeitos Presos:

– Clori Peroza (PT), prefeita de Ipuaçu
– Fernando de Fáveri (MDB), prefeito de Cocal do Sul
– Marcelo Baldissera (PL), prefeito de Ipira
– Mario Afonso Woitexem (PSDB), prefeito de Pinhalzinho

             Clori Peroza (Ipuaçu), Fernando de Fáveri (Cocal do Sul), Marcelo Baldissera (Ipira) e Mario Afonso Woitexem (Pinhalzinho) — Foto: Reprodução

 

Ao todo, são 22 prefeituras investigadas. O ex-prefeito de Ipira, Emerson Ari Reichert, e o ex-deputado federal Edinho Bez também foram alvos de mandado de busca e apreensão.

A operação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e pelo Grupo Especial Anticorrupção (GEAC).

 Entenda o que motivou a operação:

A primeira fase ocorreu em setembro do ano passado com 16 mandados de busca e apreensão em quatro cidades do estado: Florianópolis, Itajaí, Blumenau e Gravatal. Diligências também ocorreram em Brasília.

 Investigação:

– A investigação é contra uma possível organização criminosa comandada por um grupo empresarial;
– Segundo as investigações, eles fraudavam licitações e desviavam verbas, em conjunto com o poder público;
– Sob o pretexto de prestar serviços de consultoria e de assessoramento para captação de recursos públicos, o grupo buscava firmar contratos com prefeituras sem que houvesse necessariamente a comprovação de qualquer atividade;
– O objetivo dos contratos com indícios de fraude era para que servidores públicos, assim como agentes políticos e particulares, tivessem ganhos ilícitos por meio do recebimento de vantagens indevidas.

O que diz a defesa dos prefeitos presos:

Não conseguimos contato com a defesa pessoal dos prefeitos presos, assim como do ex-prefeito e do ex-deputado alvos de mandados.

Em Ipuaçu, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, uma nota oficial será divulgada ainda nesta quarta-feira (19).
Em Cocal do Sul, a assessoria da prefeitura confirmou a prisão do prefeito Fernando de Faveri e de um funcionário do setor de compras.
Em Ipira, o advogado da prefeitura disse que vai se manifestar oficialmente depois de ter acesso ao processo.
Em Pinhalzinho, a prefeitura divulgou uma nota informando que, por se tratar de uma investigação sigilosa, mais informações serão prestadas quando a investigação se tornar pública.

19, jun 2024
Justiça mantém Carlinhos Mendigo preso por não pagar pensão em audiência de custódia

Humorista é preso por dívida de pensão alimentícia de R$ 246,9 mil

Carlos Alberto da Silva, conhecido por seu personagem “Mendigo”, foi preso nesta terça-feira (18) na Avenida Nove de Julho, no bairro dos Jardins. O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou sua prisão por 30 dias na tarde desta quarta-feira (19), após uma audiência de custódia. O humorista deve R$ 246,9 mil de pensão alimentícia ao filho, fruto de seu relacionamento com a ex-bailarina e empresária Aline Hauck.

De acordo com informações obtidas pelo g1, Carlos Alberto deve ser transferido para o Centro de Detenção Provisória em Guarulhos, na Grande São Paulo. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), no entanto, não divulgou a unidade específica onde ele será levado até a última atualização desta reportagem.

Caso o humorista quite a dívida, a Justiça decidirá se ele poderá ser liberado antes de cumprir os 30 dias de prisão. Carlos foi detido por policiais da 2ª Delegacia da Divisão de Capturas do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) na terça-feira (18). Ele estava sendo procurado desde 13 de novembro de 2023, quando um novo mandado de prisão civil por pensão alimentícia foi emitido.

No mês passado, a polícia civil recebeu denúncias sobre o paradeiro do artista, o que deu início à investigação. Carlinhos Mendigo costumava sair à noite e mudar frequentemente de endereço para evitar a captura, utilizando quatro apartamentos diferentes como esconderijo. Os investigadores descobriram que ele tinha o hábito de transitar pela Avenida Nove de Julho, na região dos Jardins. Por volta das 12h30, eles o avistaram dirigindo um carro preto e realizaram a abordagem.

Após mais de 20 dias de buscas, o humorista foi preso e levado para a Divisão de Capturas, localizada no Palácio da Polícia Civil, no Centro de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, este é o terceiro mandado de prisão por pensão alimentícia expedido contra Carlos Alberto. Em 2022, ele foi preso por dever R$ 90 mil, mas conseguiu ser liberado após entrar em um acordo judicial.

Quem é Carlinhos Mendigo?

Carlinhos Mendigo alcançou fama na televisão e no rádio ao participar do programa “Pânico” a partir de 2003. Ele começou como office-boy na Jovem Pan e, após assistir às gravações do programa, conseguiu uma oportunidade de integrar a equipe. Ficou no “Pânico” até 2007 e retornou anos depois.

Entre seus quadros mais populares, destaca-se o “Vô, Num Vô”, com Mano Quietinho, personagem de Vinícius Vieira. Outros personagens conhecidos do humorista incluem Silvio Santos Reptiliano, Sérgio Mallandro, Merchan Neves e Presidente Molusco.

Carlos Alberto da Silva tem uma história de vida difícil. Saiu de casa ainda criança e viveu nas ruas por anos antes de ser levado para um abrigo de menores. Seus pais tinham histórico de alcoolismo e violência doméstica. Após sua passagem pelo “Pânico”, ele participou de um programa com Tom Cavalcante e integrou a primeira temporada do reality show “A Fazenda”, da TV Record.

19, jun 2024
Amigo de Robinho inicia cumprimento de pena em Guarulhos após condenação por estupro na Itália

Ricardo Falco foi condenado pela Justiça da Itália juntamente com o ex-jogador Robinho pelo estupro coletivo de uma mulher albanesa. Na última quinta-feira (13), Falco foi transferido para a Penitenciária 1 de Guarulhos, na Grande São Paulo, onde começou a cumprir sua pena de nove anos.

No momento, Falco está em um regime de observação, uma fase inicial de 10 dias pela qual os presos passam antes de serem integrados ao convívio com os outros detentos.

A escolha pela P1 de Guarulhos deve-se ao fato de a unidade abrigar presos com perfis semelhantes aos de Tremembé.

Falco se apresentou à Polícia Federal de São Paulo no início do mês, após a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar o cumprimento imediato de sua pena no Brasil pelo crime ocorrido em 2013 em uma boate em Milão. A decisão veio depois que o governo da Itália solicitou ao governo brasileiro que ambos, Falco e Robinho, cumprissem suas penas no Brasil, devido à proibição constitucional de extraditar brasileiros natos.

Robinho, que também foi condenado a nove anos de prisão, foi preso em março deste ano em Santos e levado ao complexo penitenciário de Tremembé. Ele passou pela audiência de custódia e, após cumprir um período de isolamento, foi transferido para uma cela comum.

Em declaração à época da prisão de Falco, seu advogado afirmou que a decisão já era esperada e que Falco se apresentou voluntariamente assim que o mandado de prisão foi expedido, estando sempre ao lado da família.

A condenação de Falco e Robinho foi confirmada em todas as instâncias pela Justiça italiana, enquanto outros cinco envolvidos no crime não foram julgados porque estavam no Brasil no início das investigações.

19, jun 2024
Tribunal Rejeita Indenização Solicitada por Caetano Veloso contra Marca de Roupas pelo Uso de ‘Tropicália’ e ‘Tropicalismo’

Decisão da 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Rejeita Pedido de Indenização e Condena Músico a Pagar Custas Processuais

Uma decisão da 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro rejeitou o pedido de indenização do cantor e compositor Caetano Veloso contra a marca Osklen e o estilista Oskar Metsavaht, que exigia R$ 1,3 milhão pelo uso dos termos “Tropicália” e “tropicalismo” em uma coleção lançada no ano passado. Além disso, o músico foi condenado a arcar com as custas do processo.

O juiz Alexandre de Carvalho Mesquita afirmou que o lançamento da coleção da Osklen não requer a aprovação ou autorização de Caetano, pois a Tropicália é um movimento cultural amplo, englobando não apenas música, mas também artes plásticas e poesia dos anos 1960. O magistrado destacou que o nome do movimento não foi criado exclusivamente por Caetano Veloso.

Os advogados de Caetano alegaram que o lançamento da coleção coincidiu com o show que celebrou os 51 anos do álbum “Transa”, de 1972, realizado em agosto do ano passado, o que configuraria uma “janela de oportunidade comercial”. Eles também argumentaram que a promoção das vendas utilizou a imagem do artista sem autorização, tentando associá-lo ao produto.

A defesa da Osklen e de Metsavaht rebateu, alegando que a coincidência entre o lançamento da coleção e o show foi fortuita. Eles afirmaram que o planejamento da coleção começou em maio de 2022, com protótipos prontos em julho e a comercialização em março de 2023, antes do anúncio do show de Caetano em maio.

A decisão judicial ressaltou que a Tropicália, assim como o Movimento Modernista, envolve diversos artistas de áreas distintas, e que Caetano não pode se considerar o “dono” do movimento. Além disso, a venda da coleção não depende da aprovação do artista.

O juiz também mencionou que, segundo a própria autobiografia de Caetano, ele é “um dos idealizadores e executores do projeto Tropicália”, indicando que não possui exclusividade sobre o nome, que foi idealizado por Hélio Oiticica. Diante disso, Caetano foi condenado a pagar as custas processuais e honorários advocatícios.

19, jun 2024
Jornalista é detido no Rio em operação contra tráfico de drogas; carros de luxo apreendidos

De acordo com as investigações, Ricardo Lyra Ribeiro, CEO do “Jornal Corporativo” e do site “Nação Brasil”, é apontado como o responsável pela contabilidade e gerência das contas bancárias de uma quadrilha de tráfico de drogas.

Na última quarta-feira, um jornalista foi preso no Rio de Janeiro durante uma operação conjunta da Polícia Civil do Paraná e do Ministério Público do estado contra o tráfico de drogas. Segundo as investigações, Ricardo Lyra Ribeiro desempenhava um papel crucial na administração financeira da organização criminosa. O g1 está tentando contato com a defesa de Lyra.

Os agentes prenderam Lyra na comunidade da Divineia, no Andaraí, e confiscaram duas BMWs e uma mala de dinheiro.

Uma força-tarefa paranaense foi mobilizada para cumprir 11 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão em cinco estados. A operação contou com a participação de mais de 180 policiais.

De acordo com as investigações, a organização criminosa distribui drogas do Paraná para Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Em quatro anos, o grupo movimentou mais de R$ 100 milhões em espécie e em transações bancárias utilizando laranjas e empresas de fachada.

Os envolvidos são investigados por organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico.

A operação ocorre simultaneamente em 10 municípios de cinco estados: Toledo, Cascavel, Pato Bragado, Marechal Cândido Rondon, Capitão Leônidas Marques e Capanema, no Paraná; Balneário Camboriú, em Santa Catarina; Ribeirão das Neves, em Minas Gerais; e nos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro.

Na primeira fase da operação, deflagrada em agosto de 2023, foram presas 15 pessoas, apreendidas 11 armas de fogo e sequestrados aproximadamente R$ 25 milhões em bens móveis, imóveis e dinheiro.

As investigações revelaram que a distribuição de entorpecentes era feita em caminhões frigoríficos, escolhidos pela dificuldade de fiscalização, pois o rompimento do lacre poderia comprometer o produto.

Os líderes da organização criminosa exibiam um padrão de vida elevado, possuindo apartamentos e casas de luxo, realizando viagens, e adquirindo carros luxuosos e veículos aquáticos.

18, jun 2024
Empresário é preso em operação que investiga desvio de R$ 6 milhões da Prefeitura de Arraial do Cabo

Nesta terça-feira (18), agentes da Polícia Civil, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriram 12 mandados de busca e apreensão e um de prisão em Arraial do Cabo, Cabo Frio, Maricá, Itaperuna e na Ilha do Governador.

O empresário Marcos Antônio Ferreira do Nazareth, conhecido como Marquinho de Nicomedes, foi preso durante a operação “Toque de Caixa”. A ação visa combater uma organização suspeita de desviar mais de R$ 6 milhões da Prefeitura de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio.

De acordo com o MPRJ, os alvos são integrantes de uma organização criminosa que desviava dinheiro público por meio de pagamentos por obras e serviços não executados. A investigação da Polícia Civil, que durou quatro anos, levou à denúncia de 19 pessoas por crimes como falsidade ideológica, peculato, corrupção ativa e passiva, ordenação de despesa não autorizada, falso testemunho e lavagem de dinheiro.

Os crimes ocorreram entre 2018 e 2020, e entre os denunciados estão um empresário que é pré-candidato a vereador, o ex-vice-prefeito de Arraial do Cabo, secretários de governo das pastas de Saúde e Obras, servidores públicos em cargos de assessoramento, coordenação e direção, um engenheiro e um fiscal de obras. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa e também estão sendo cumpridos em Juiz de Fora.

Segundo a denúncia, as empresas M.A.F do Nazareth e Atlantic receberam mais de R$ 6 milhões em contratos com a Prefeitura de Arraial do Cabo para obras nos Postos de Saúde da Figueira e Hermes Barcellos. Em 2020, o prefeito foi afastado por medida judicial, permitindo que um dos denunciados assumisse o cargo e autorizasse a liberação dos pagamentos na última semana de mandato. Mais de 50% do valor das obras foi repassado nos últimos três meses daquele ano, mas as obras não foram realizadas.

As investigações revelaram que as empresas foram criadas exclusivamente para firmar contratos com o município entre 2018 e 2020, e uma delas pertence ao ex-sócio do traficante Ném, da Rocinha. Os valores dos contratos eram depositados nas contas das empresas contratadas e depois distribuídos para contas de particulares para ocultar o dinheiro e seus destinatários finais.

A denúncia aponta que a conta da empresa Atlantic tinha um único sócio “laranja” e era usada como uma holding para lavagem de dinheiro. Alguns contratos foram celebrados sem licitação. Também foram apurados o desaparecimento de processos administrativos e documentos referentes aos procedimentos licitatórios relacionados às empresas, numa tentativa de dificultar a investigação.

O esquema funcionava com a criação de empresas por orientação de políticos, com o objetivo de serem usadas em contratos com a Prefeitura. Renatinho Vianna, aliado político e amigo de infância de Nicomedes, ao assumir a Prefeitura de Arraial do Cabo, passou a assinar mais de 30 contratos de obras com as empresas de Nicomedes. A Prefeitura pagava ilegalmente por obras não executadas e aditivos de contrato sem justificativa. Na última semana do mandato, os pagamentos foram acelerados, enviando milhões de reais para as contas das empresas de Nicomedes, que depois retornava em forma de propina distribuída entre os integrantes da quadrilha. As empresas eram de fachada e não possuíam estrutura para atender aos contratos, e todos os documentos relacionados às obras desapareceram do arquivo da Prefeitura.

Todos os denunciados responderão, entre outros crimes, por lavagem de dinheiro.

18, jun 2024
Justiça Afastará Vereadores de Porto Real por Suposto Envolvimento em Esquema de Corrupção

Justiça Determina Afastamento de Vereadores de Porto Real por Suposto Envolvimento em Esquema de Vantagens Indevidas

A Justiça decidiu afastar por 90 dias os vereadores Renan Márcio de Jesus Silva e Ronário de Souza da Silva, ambos do partido Solidariedade, de Porto Real (RJ). A decisão foi tomada pela juíza Priscila Dickie, da Vara Única da Comarca de Porto Real e Quatis, em resposta a uma denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), baseada em alegações de uma ex-funcionária da Câmara Municipal.

Denúncia de Ex-Funcionária

A denúncia relata que a ex-funcionária foi nomeada em janeiro de 2023 como Diretora do Departamento de Ouvidoria Legislativa, por decisão de Renan Márcio, presidente da Câmara, a pedido do vereador Ronário. Cerca de um mês após sua nomeação, Ronário exigiu que ela entregasse metade de seu salário líquido, sob ameaça de demissão. A funcionária afirmou que entregava aproximadamente R$ 2 mil mensais ao vereador, sempre em dinheiro vivo, conforme exigência de Ronário para não deixar rastros.

Um dos pagamentos foi gravado pela ex-funcionária e anexado à denúncia. A gravação ocorreu dentro do carro do filho de Ronário, cuja propriedade foi confirmada pelo Ministério Público. A ex-funcionária também relatou que, em outra ocasião, foi cobrada por uma colega de trabalho, também nomeada por Renan a pedido de Ronário. Ao se recusar a entregar o dinheiro, teve uma conversa com o presidente da Câmara, Renan, que prometeu manter seu cargo desde que ela entregasse e apagasse as provas que possuía. Ela se recusou e foi exonerada no dia 1º de fevereiro deste ano.

Investigação e Decisão Judicial

A denúncia inclui provas de extratos bancários, demonstrando que a vítima realizava saques em espécie logo após receber sua remuneração. Em alguns meses, os valores eram transferidos para a conta de seu ex-marido, de onde eram sacados.

Segundo o Ministério Público, Ronário agiu com a intenção clara de se enriquecer ilicitamente, enquanto Renan, na posição de presidente da Câmara, assegurou a continuidade das condutas ilícitas de Ronário, nomeando e exonerando a funcionária conforme seus interesses políticos. O MP solicitou o afastamento dos vereadores para proteger a comunidade e garantir o andamento adequado do processo. A decisão é liminar e permite recurso.

Reações dos Envolvidos

O vereador Ronário declarou ao g1 que está “muito tranquilo” e considera o afastamento um “procedimento jurídico padrão” para permitir a investigação. Ele afirma ser inocente e confiante de que a verdade será revelada.

O g1 tentou contato com o vereador Renan Márcio e a Câmara Municipal, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. Atualizações serão feitas assim que houver um pronunciamento.