
2, nov 2016
Cunha chama Temer e Lula como testemunhas em processo da Lava Jato
O ex-deputado Eduardo Cunha chamou o atual presidente da República Michel Temer e o ex-presidente Lula para serem testemunhas de defesa em processo da Operação Lava Jato, em Curitiba. Além dos dois, o ex-ministro do Turismo, Henrique Alves, também foi chamado.
Eduardo Cunha foi preso dia 9 de outubro acusado de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, no continente africano, e pelo uso de contas secretas na Suíça para receber dinheiro ilícito.
Os advogados de defesa do ex-parlamentar pedem que as denúncias contra ele sejam rejeitadas por falta de provas. “A falta da disponibilização, nos presentes autos, da totalidade do material probatório leva ao cerceamento de defesa e à impossibilidade de início do processo”.
- Cunha ainda pediu a presença de Bumlai, Delcídio do Amaral, Cerveró, entre outros para estarem entre as testemunhas de defesa. Confira abaixo a lista completa:
- Michel Temer: presidente da República
Luís Inácio Lula da Silva: ex-presidente
Henrique Eduardo Lyra Alves: ex-ministro do Turismo
Delcídio do Amaral Gómez: ex-senador cassado
Nestor Cuñat Cerveró: ex-diretor Petrobras e colaborar da Lava Jato
José Carlos da Costa Marques Bumlai: pecuarista e um dos réus da Lava Jato
Felipe Bernardi Capistrano Diniz: economista filho de ex-deputado Fernando Diniz
Antônio Eustáquio Andrade Ferreira: ex-deputado federal
Mauro Ribeiro Lopes: deputado federal
Leonardo Lemos Barros Quintão: deputado federal
José Saraiva Felipe: deputado federal
João Lúcio Magalhães Bifano: ex-deputado federal
Nelson Tadeu Filipelli: ex-deputado federal
Benício Schettini Frazão: Engenheiro ligado à Petrobras
Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos: ex-gerente da Petrobras
Sócrates José Fernandes Marques da Silva: ex-engenheiro da Petrobras
Mary Kiyonaga: ligada ao Banco Merrill Lynch
Elisa Mailhos: ligada à empresa Posadas Y Vecino
Luis Maria Pineyrua: ligados à empresa Posadas Y Vecino
João Paulo Cunha: ex-presidente da Câmara
Hamylton Pinheiro Padilha Júnior: ex-diretor da Petrobras e colaborador da Lava Jato
José Tadeu de Chiara: advogado
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- Por Notícias
23, set 2016
Operação Saqueador prende Carlinhos Cachoeira por lavagem de dinheiro com construtoras
Envolvido com Cachoeira, ex-presidente da Delta Construções também é alvo em esquema que desviou mais de R$ 370 milhões.
Foi preso novamente nesta quinta-feira em Goiânia o empresário Carlinhos Cachoeira, velho conhecido das colunas sobre corrupção de alto escalão. Dessa vez, Cachoeira foi pego na operação Saqueador, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro de verbas públicas federais, Segundo o Ministério Público Federal, ao todo foram 23 pessoas denunciadas na operação.
Carlinhos Cachoeira já havia sido o pivô responsável pela perda de mandato de Demóstenes Torres, líder do DEM no senado, após ambos serem flagrados em grampo telefônico em 2012. Na ocasião, Demóstenes Torres foi considerado culpado por utilizar seu mandato para beneficiar Cachoeira em seus esquemas de jogos de azar.
Além de Cachoeira, o ex-presidente da Delta Construções, Fernando Cavendish também foi denunciado, mas não foi encontrado em seu apartamento no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro.O ex-presidente da construtora, famoso por esbanjar em suas festas envolvendo a cúpula do PMDB carioca em Paris, é responsável, segundo o MPF, por lavar mais de R$ 370 Milhões de reais entre 2007 e 2012 através de empresas de fachada, muitas delas operadas por Adir Assad, já condenado na Lava Jato e investigado desde a chamada CPI do Cachoeira por ser um dos articuladores do esquema que, além da Delta, também teria lavado mais de 1,2 bilhão desde 2006. Assad já se encontrava em prisão domiciliar.
A operação Saqueador é mais uma das ações deflagradas pela PF e MPF às vésperas do processo eleitoral e marca como as diferentes alas do poder judiciário tem atuado para generalizar os métodos à exemplo da PF de Curitiba e poder influenciar diretamente no andamento do pleito.



