5, dez 2023
PM que matou esposa a tiros já foi acusado pela ex por agressão, ameaça e estupro

Ex-mulher conseguiu medida protetiva, que proibiu o soldado de se aproximar a menos de 100 metros dela. Thiago Lima foi acusado de usar droga em 2022 e cometer crimes contra mãe de seu filho. Soldado está preso por matar atual esposa, Erika Ferreira, esta semana. Feminicídio foi gravado.

O policial militar Thiago Cesar de Lima, preso neste final de semana em São Paulo por aparecer em vídeo (veja acima) agredindo e matando a tiros a atual esposa, Erika Satelis Ferreira, já foi acusado pela ex-mulher por agressão, ameaça e estupro. A vítima é mãe do filho dele e os crimes teriam ocorrido no ano passado, em Franco da Rocha, na região metropolitana.

Em 18 de agosto de 2022, a ex registrou boletim de ocorrência contra Thiago na delegacia da cidade por lesão corporal, ameaça e estupro, no contexto da violência doméstica. Ela ainda pediu medida protetiva à Polícia Civil contra o ex-marido baseada na Lei Maria da Penha. A Justiça concedeu o benefício para a mulher, proibindo o soldado da Polícia Militar (PM) de se aproximar a menos de 100 metros dela e de sua família.

O relacionamento conturbado de oito anos culminou em violência física e sexual, com a ex-mulher relatando episódios de agressões, ameaças e estupro, inclusive sob o efeito de cocaína, segundo o depoimento da ex à polícia. O inquérito policial desse caso foi arquivado em novembro do ano passado, e a Justiça confirmou o arquivamento em março de 2023.

Até a última atualização desta reportagem o g1 não conseguiu localizar a ex-mulher de Thiago e nem a defesa do soldado para comentarem o assunto e informarem os motivos da extinção do caso.

Em seu depoimento na delegacia de Franco da Rocha, ela disse que, enquanto estavam casados, “houve diversos conflitos, os quais desencadeavam-se em ameaças, lesões corporais e estupros constantes”.

O passado conflituoso de Thiago com a ex-mulher também está no inquérito policial que investiga o soldado pelo assassinato da atual esposa. Erika foi morta na madrugada do último domingo (3) em Perus, na Zona Norte de São Paulo. O caso foi registrado na 4ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), na Zona Norte. Ele acabou indiciado por feminicídio, o homicídio que envolve “violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher”.

A vítima tinha 33 anos, trabalhava como representante comercial e deixou duas filhas, frutos de um relacionamento anterior, segundo policiais ouvidos pela reportagem. Thiago e Erika se conheciam havia dois anos, mas estavam casados há seis meses. O homem tem 36.

Uma câmera de segurança de um imóvel na Rua Bananalzinho gravou o momento em que o soldado da PM, que estava de folga e sem uniforme, dá pelo menos cinco socos no rosto de Erika e depois atira duas vezes no peito dela, que cai no chão.

O casal havia discutido momentos antes dentro de um carro, que era dirigido pela vítima. Após o crime, Thiago entra no veículo e acelera, mas desiste de fugir quando é observado por moradores. Ele arrasta a vítima até o veículo e a leva para o Pronto-Socorro de Taipas, onde a morte dela foi confirmada pelo hospital.

Segundo o boletim de ocorrência do caso, ele confessou ter atirado na esposa, mas alegou que ela havia tentado pegar sua arma e por isso disparou. Mas não é isso o que as imagens mostram.

A pistola de Thiago, uma Glock calibre .40 da Polícia Militar, foi apreendida para perícia. Segundo a delegada titular da 4ª DDM, Marina Cerqueira, o indiciado ficou em silêncio durante a maior parte do interrogatório. Ele disse que não tinha condições de falar sobre o crime.

A Corregedoria da PM foi acionada para apurar a conduta do soldado. Atualmente ele está preso no Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte. A Justiça converteu a prisão em flagrante dele em preventiva, para que fique preso por tempo indeterminado até que seja julgado pelo crime.

Em 30 de outubro de 2023, cerca de um mês antes de ser morta a tiros pelo marido, Erika registrou um boletim de ocorrência na 4ª DDM por ameaça, e acusou o policial de apontar a arma para a cabeça dela.

Segundo ela relatou à época, Thiago havia discutido por ciúmes após o casal sair de uma casa noturna em São Paulo. Chegando à residência deles, os dois continuaram a discutir. Erika contou que ele ameaçou matá-la quando pegou a arma, apontou para sua cabeça e disse que ela não veria as filhas crescerem.

Em seguida, Erika chamou a Polícia Militar, que levou ela e o marido até a Delegacia de Defesa da Mulher. Lá, Thiago confirmou a discussão, mas negou ter apontado a arma e ameaçado atirar na esposa.

Como o caso envolvia violência doméstica, ela foi orientada pela Polícia Civil a pedir medida protetiva contra o soldado, mas não quis. Também não o representou criminalmente para que ele fosse investigado pelo crime.

O velório e o enterro de Erika aconteceram na segunda-feira (4), no Cemitério Valle das Colinas, em Franco da Rocha, região metropolitana de São Paulo.

5, dez 2023
Mulher morta a tiros por marido PM registrou boletim de ocorrência por ameaça em outubro

Erika relatou à polícia na época que Thiago Lima apontou a arma para ela durante uma discussão por ciúme. Ele foi preso no domingo (3) após dar 5 socos na esposa e atirar duas vezes nela. Câmera de segurança registrou o crime.

No final de outubro, cerca de um mês antes de ser morta a tiros pelo marido, Erika Satelis Ferreira, a esposa do policial militar Thiago Cesar de Lima, registrou um boletim de ocorrência por ameaça, e acusou o policial de apontar a arma para a cabeça dela.

No domingo (3) o soldado foi preso em flagrante pela Polícia Militar (PM) depois de dar pelo menos cinco socos no rosto de Erika e disparar contra ela em Perus, na Zona Norte de São Paulo.

Ele alegou que a esposa quis retirar a pistola Glock calibre .40 dele e, por isso, deu um tiro de advertência para o alto e depois atirou mais duas vezes nela.

A Polícia Civil o indiciou por feminicídio, o homicídio que envolve “violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher”.

Em 30 de outubro, Erika registrou boletim de ocorrência por ameaça no contexto de violência doméstica. À época, ela não quis fazer representação criminal contra o soldado para que o caso fosse investigado nem pediu medida protetiva contra ele.

O registro policial foi feito na mesma delegacia que atualmente investiga o feminicídio dela: a 4ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), na Zona Norte da capital.

Segundo Erika relatou à época, Thiago havia discutido com ela por ciúmes após o casal sair de uma casa noturna.

Chegando à casa deles, os dois continuaram a discutir. Erika contou que Thiago ameaçou matá-la quando pegou a arma, apontou para sua cabeça e disse que ela não veria as filhas crescerem.

Em seguida, Erika chamou a Polícia Militar, que foi até a residência do casal e o levou até a Delegacia de Defesa da Mulher. Lá, Thiago confirmou a discussão, mas negou ter apontado a arma e ameaçado atirar na esposa.

Nesta segunda-feira (4), o soldado passou por audiência de custódia e a Justiça converteu a prisão em flagrante dele em preventiva para que fique preso por tempo indeterminado até que seja julgado pelo crime.

Thiago foi levado para o Presídio da PM Romão Gomes, na Zona Norte. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dele para comentar.

Segundo a delegada titular da 4ª DDM, Marina Cerqueira, o indiciado ficou em silêncio durante a maior parte do interrogatório.

O homem tem 36 anos. A vítima tinha 33 e deixou duas filhas, frutos de um relacionamento anterior. Thiago e Erika estavam casados havia seis meses.

A câmera de segurança de um imóvel na Rua Bananalzinho, em Perus, gravou o assassinato de Erika. As cenas, que circulam nas redes sociais, estão sob análise da polícia.

No vídeo é possível ver que Erika abre a porta da posição de motorista, dá a volta no veículo e abre a porta traseira. No banco de trás está Thiago. Ela tenta tirá-lo de lá, mas não consegue. Ambos saem do automóvel e começam a discutir do lado de fora.

Thiago aparece dando uma série de socos no rosto de Erika. Em seguida, ele atira nela. A mulher cambaleia e bate a cabeça no porta-malas, caindo no chão. O soldado entra no carro e acelera o veículo, mas depois retorna e a arrasta até o veículo. Enquanto isso, moradores saem de suas casas para saber o que aconteceu na rua. E acompanham toda a ação.

O PM levou a vítima até um hospital da região, o Pronto-Socorro de Taipas, onde a morte dela foi confirmada. Segundo o boletim de ocorrência do caso, ele confessou ter atirado na esposa após uma discussão. Alegou que ela havia tentado pegar sua arma e por isso disparou contra a esposa. Mas não é isso o que as imagens mostram.

A pistola do policial militar foi apreendida para perícia. A Corregedoria da PM foi acionada para apurar a conduta de Thiago. Ele também responderá criminalmente na Polícia Civil.

O velório e o enterro de Erika aconteceram na tarde desta segunda, no Cemitério Valle das Colinas, em Franco da Rocha, região metropolitana de São Paulo.

Casos de feminicídios

Os casos de feminicídio cresceram 62% neste ano no estado de São Paulo em comparação com 2018.

Entre janeiro e outubro deste ano, foram registrados 181 casos Em 2018, ano em que a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) passou a categorizar o feminicídio dentro dos dados de casos de violência contra a mulher, foram 112 registros.

O levantamento foi feito pela GloboNews com base em dados da SSP.

Casos de feminicídio em São Paulo entre janeiro e outubro:

2018: 112 casos
2019: 140 casos
2020: 140 casos
2021: 118 casos
2022: 153 casos
2023: 181 casos
 

1, dez 2023
Preso, Marcelo Cupim se dizia dono de pontos do jogo do bicho em Cascadura: ‘Área é minha e pronto’

Bicheiro, que foi detido ao deixar a filha em uma escola de luxo na Barra, diz em áudio: ‘Só você ver o mapa. Passando a rua, passando lá o nosso local, passando lá no final, pegando à esquerda da linha do trem, eu tenho vários negócios por lá’.

O bicheiro Marcelo Simões Mesqueu, conhecido como Marcelo Cupim, preso na quinta-feira (30), era apontado como um dos donos de bingos na região de Cascadura, na Zona Norte do Rio.

Em diálogos com aliados, dizia que parte dos pontos da contravenção no bairro era sua.

Mesqueu estava foragido e foi preso na Barra da Tijuca em ação do Ministério Público e da Polícia Federal, quando deixava sua filha em um colégio particular – um dos mais caros do Rio.

Segundo a denúncia da Operação Fim da Linha, que investigou a atuação da contravenção em diversas regiões do Rio, Cupim arrendou uma parte de pontos do contravenção que era de José Caruzzo Escafura, o Piruinha, bicheiro que domina várias partes da Zona Oeste do Rio.

As investigações apontam que Cupim havia expandido seus domínios para Campos dos Goytacazes, no Norte do Estado.

Conversas interceptadas com autorização da Justiça mostram que Cupim era acionado em diversos momentos para conter o fechamento de estabelecimentos que eram alvo de denúncias.

Segundo a investigação, ele era responsável por “interceder junto a policiais civis e militares corruptos para a liberação de tais estabelecimento”.

Em uma conversa, Cupim – que também era tratado como Inseto em diálogos – afirma que a área à esquerda da linha do trem, em Cascadura, seria sua:

“A área é minha e pronto, acabou. Só você ver o mapa. Passando a rua, passando lá o nosso local, passando lá no final, pegando à esquerda da linha do trem, eu tenho vários negócios por lá. Então não pode parar ali, certo, naquela rua e depois continuar. Não existe isso, entendeu”, afirma ele no áudio.

Ligação com Bernardo Bello
Cupim tinha relações com outro bicheiro com forte atuação pela cidade: Bernardo Bello, que está foragido e, assim como Piruinha, é um dos entrevistados da série “Vale o escrito – A guerra do jogo do bicho”, do Globoplay.

 

1, dez 2023
Justiça nega pedido de Marcos Braz para apurar supostas ameaças de integrantes de torcida organizada

Juíza sugeriu que dirigente procure a polícia para denunciar ameaça. Vereador e vice de futebol do Fla responde por lesão corporal a torcedor, que teria levado uma mordida na virilha.

O Juizado Especial Criminal negou um pedido feito pelos advogados do vereador e vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz. A defesa queria a apuração das supostas ameaças sofridas pelo dirigente e chegou a apresentar publicações de redes sociais.

O pedido foi feito dentro do processo em que Braz e um amigo dele, Carlos André Simões da Silva, são acusados de lesão corporal contra o torcedor Leandro Campos da Silveira Gonçalves. Segundo o laudo, entre as agressões está uma mordida na altura da virilha.

O g1 entrou em contato com a assessoria de Marcos Braz e aguarda posicionamento.

A confusão aconteceu em setembro, em um shopping da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Imagens gravadas por telefones celulares e de câmeras de segurança mostram parte da briga (veja na reportagem acima).

Em entrevista coletiva, o dirigente do Flamengo disse que foi ameaçado e agredido verbalmente.

Ao negar o pedido feito pela defesa de Marcos Braz, a juíza Simone Cavalieri Frota alegou que “nada impede que o requerente solicite a instauração de inquérito policial diretamente à delegacia de polícia”.

A magistrada não enxergou relação entre o episódio da agressão no shopping com as supostas ameaças feitas pela internet:

“Não vislumbro, de pronto, qualquer relação de causa e efeito entre a conduta da vítima e as postagens indicadas na petição apresentada pela defesa, cuja autoria é imputada à torcida Jovem Fla, mais precisamente ao 2º Pelotão. Tal circunstância demandaria investigação e dilação probatória, as quais não se coadunam com os princípios dos juizados criminais”.
O Ministério Público já havia rebatido o argumento do dirigente do Flamengo, que alegou ser vítima de perseguição.

“O crime se caracteriza diante da perseguição reiterada que ameace a integridade física ou psicológica da vítima, quando restrinja sua capacidade de locomoção ou por qualquer forma, invada ou perturbe sua liberdade ou privacidade, o que não ocorre no caso concreto”, pontuou o promotor Marcio Almeida Ribeiro da Silva. “Não é crível que alguém esteja atemorizado ou preocupado com eventuais ameaças ou perseguição e vá tranquilamente a um dos mais movimentados shopping centers do Brasil”, completou.

A primeira audiência do caso estava marcada para terça-feira (28), mas foi adiada para fevereiro.

Arquivamento de ação contra o torcedor
A Justiça já havia concedido o pedido de arquivamento da ação penal em que Leandro Gonçalves, o torcedor envolvido na confusão.

“Tendo em vista a impossibilidade de deflagração eficaz de ação penal, arquive-se na forma de promoção, os crimes previstos nos arts.129 e 147 do Código Penal, que teriam como vítima Marcos Teixeira Braz e autor Leandro Gonçalves”, determinou a juíza.

Ela também concedeu a autuação contra Carlos André da Silva, que estava com Braz e também participou da briga.

Imagens mostraram agressão
Os pedidos do Ministério Público foram feitos depois que o promotor do caso analisou as imagens das câmeras de segurança do shopping.

As imagens, segundo o MP, mostram que Braz e Carlos perseguiram o torcedor pelos corredores do local, que Marcos Braz desferiu um golpe na altura do pescoço e derrubou Leandro. Em seguida, o dirigente teria mordido Leandro na coxa direita.

“Simultaneamente, é possível notar a prática de chutes por parte do senhor Carlos André da Silva contra a cabeça e corpo do senhor Leandro Gonçalves e, logo em seguida, enquanto o ofendido ainda estava caído ao solo, o senhor Marcos Braz desfere chutes e soco contra a vítima Leandro”, diz o promotor Márcio Almeida Ribeiro da Silva.

De acordo com a manifestação do MPRJ, “não há nos autos nenhum elemento de prova consistente que indique prática delituosa por parte de Leandro”. Em entrevista coletiva, o torcedor afirmou que era a vítima de toda a situação.

Um laudo apontou que o torcedor levou uma mordida na virilha durante a briga. Marcos Braz também teve uma lesão no nariz. Segundo o MP, no entanto, a conclusão é que Braz se lesionou ao cair sobre o ofendido.

Em entrevista, o vereador e vice-presidente de futebol do Flamengo alegou que foi ameaçado de morte.

O MPRJ, no entanto, alega que as imagens apreendidas não contêm gravação de áudio, e que não há testemunhas imparciais que indiquem que Leandro xingou e ameaçou Braz antes das agressões.

 

29, nov 2023
Polícia Militar prende suspeito de executar PM na porta de casa no Rio

Miliciano é suspeito de ser um dos principais matadores do bando do Zinho. Governador disse que há fortes indícios que Vaneza Lobão tenha sido executada pela milícia.

A Polícia Militar prendeu nesta quarta-feira (29) um dos suspeitos de executar a policial Vaneza Lobão, de 31 anos.

A cabo da PM foi morta na porta de casa em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, na última sexta (24).

Após trabalho de inteligência, equipes da 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) prenderam Deividi William Goés Gonçalves, conhecido como Gordinho, na Rua Girassol, em Cosmos, também na Zona Oeste.

A cabo era lotada nessa delegacia, que investiga crimes de PMs – inclusive ligados a milícias e ao jogo do bicho. Logo após o crime, o governador Cláudio Castro afirmou haver indícios de que ela tenha sido executada por milicianos.

Apontado como matador do bando de Zinho

O g1 apurou que Deividi é suspeito de ser um dos principais matadores do bonde do miliciano Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho – dono da maior milícia do estado do Rio de Janeiro, e um dos criminosos mais procurados.

Gordinho seria responsável por até mesmo fatiar os corpos depois das execuções, para dificultar as investigações.

Com ele, a polícia apreendeu uma pistola calibre 9mm e quatro carregadores. A ocorrência foi apresentada na 36ª DP (Santa Cruz).

Dor para a família
A irmã de Vaneza Lobão fez um desabafo nas redes sociais pouco depois de a cabo da PM ser sepultada neste domingo (26) no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap.

Andreza Lobão escreveu nas redes sociais: “Meu amor, tá doendo muito. Pede a Deus aí de cima para nos ajudar a suportar a sua falta”.

O cunhado, marido de Andreza, também postou: Quem não vai deixar a gente gastar o dinheiro que não tem nas baladas? Para sempre nós”.

Vaneza foi morta na porta de casa, na Rua Passo da Pátria, em Santa Cruz, Zona Oeste da Cidade do Rio, na sexta-feira (24).

O velório dela teve início às 14h deste domingo (26), e o corpo foi sepultado pouco depois das 16h30.

Parentes e amigos vestiram uma camisa em homenagem à agente. Compareceu à cerimônia o secretário estadual de Polícia Militar, Cel PM Luiz Henrique Marinho Pires.

Investigações
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino determinou que a Polícia Federal auxiliasse a polícia do Rio na investigação do caso.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, lamentou a morte e afirmou que a resposta deve ser rápida e dura.

“Há indícios que sejam milicianos do qual ela investigava. Ela fazia parte da nossa Corregedoria”, comentou o governador.

Esposa viu tudo
Vaneza e a companheira estavam saindo de casa na noite de sexta para ir à academia, quando a cabo da PM foi assassinada.

A policial estava no carro e a companheira tinha aberto o portão da casa, quando o crime ocorreu. Ela foi morta com tiros de fuzil disparados por bandidos encapuzados, que estavam em um carro preto.

Vaneza estava há 10 anos na PM e era lotada na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) e trabalhava em um setor dedicado à investigação de milicianos e contraventores. A unidade é subordinada à Corregedoria-Geral da Polícia Militar.

R$ 5 mil de recompensa
O Disque Denúncia oferece recompensa de R$ 5 mil por informações que ajudem a identificar os suspeitos do crime.

A Delegacia de Homicídios e a 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) foram acionadas.

Desde o início do ano, 52 agentes de segurança foram mortos no Rio de Janeiro. De acordo com o Disque Denúncia, entre os mortos, 46 eram policiais militares.

Na madrugada deste sábado (25), durante diligências para tentar localizar os suspeitos do crime, a PM prendeu um miliciano no loteamento Madean, em Santa Cruz. Uma arma foi apreendida com o criminoso, mas a polícia diz que ainda não é possível confirmar se ele participou do assassinato de Vaneza.

 

28, nov 2023
PF diz que ex-secretário responsável por contrato com a gestora da UPA do Éden fez parte da entidade quando ela tinha outro nome

Apontamentos são da Operação Sepsis, deflagrada na quinta-feira (23) em pelo menos cinco cidades do interior de São Paulo. O g1 e a TV TEM tiveram acesso aos documentos.

A Polícia Federal, no curso da investigação que antecedeu a Operação Sépsis, deflagrada na quinta-feira (23), aponta que o então secretário de Saúde de Sorocaba, nomeado por Rodrigo Manga (Republicanos), em janeiro de 2021, responsável pelo contrato com a atual gestora da UPA do Éden, fez parte da entidade quando ela tinha outro nome. Vinícius Rodrigues foi um dos alvos da ação.

Conforme apurado pelo g1, o ex-secretário fez parte do então Instituto de Ciências da Vida (ICV) até 2015. Ele ocupava o cargo de Secretário Geral do Conselho de Administração. Em fevereiro de 2016, o ICV mudou o nome para Instituto Nacional de Ciências da Saúde (INCS).

Ao longo da investigação, a Polícia Federal cita uma “ligação espúria havida entre o exercício de seu cargo público e a disputa nas eleições majoritárias de 2022 (…)”.

O processo de contratação com o INCS foi homologado por Vinícius Rodrigues em 9 de fevereiro de 2022, poucos dias antes de ele deixar o cargo.

Outras informações que o g1 e a TV TEM tiveram acesso mostram que Vinícius recebeu R$ 75 mil em doação de campanha de pessoas ligadas à empresas com relações com o INCS.

O g1 também apurou que, no começo deste ano, Rodrigues teria se apresentado como procurador de 57 médicos que viraram sócios de uma empresa que prestam serviços para o instituto que faz a gestão da UPA do Éden.

O g1 tenta contato com Vinícius Rodrigues por telefone e por aplicativo de mensagens, mas ainda não teve um retorno.

A prefeitura informou que não é alvo da investigação e que colabora com a polícia.

“A informação confirmada pelo delegado coordenador da operação, João Luiz Moraes Rosa, é de que não envolve a Prefeitura de Sorocaba e, sim, uma Organização Social que presta serviços na área da Saúde e suas fornecedoras. Também não há nenhuma acusação contra agente público. Importante destacar que, nesse sentido, como fiscalizadora do contrato, a prefeitura, antes mesmo dessa ação, já vinha notificando e multando, por diversas vezes, a referida Organização Social, conforme previsto na legislação, pelas repetidas falhas no atendimento à população”, dizia a nota.

Já o INCS afirmou o seguinte: “como não tivemos acesso ao inteiro teor da investigação, ainda não temos condições de prestar qualquer esclarecimento, o que será realizado oportunamente, se necessário”.

Entenda o caso

A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) fizeram uma operação, chamada Sepsis, na quinta-feira (23), para investigar indícios de desvio de recursos públicos na área da Saúde em Sorocaba (SP).

Ao todo, 23 mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo (SP). Entre os locais de buscas estão a Prefeitura de Sorocaba e a casa do ex-secretário de Saúde Vinicius Rodrigues.

A operação investiga denúncias de fraude a licitação, desvio de finalidade na aplicação de recursos, ocultação de patrimônio com utilização de “laranjas” e lavagem de dinheiro durante a execução de contrato firmado entre a Prefeitura de Sorocaba e a Organização Social de Saúde (OSS) para a gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Éden. O contrato é de R$ 60 milhões.

27, nov 2023
Filha de policial presa com ponto eletrônico e câmera em concurso público ganha liberdade provisória após audiência

Nadine Novello Conde Carlos, de 31 anos, deverá pagar R$ 6,6 mil de fiança para usufruir do benefício. Ela foi indiciada por fraude e associação criminosa.

A filha de um policial que foi presa por suspeita de usar ponto eletrônico, microcâmera e receptor digital durante um concurso público em São Paulo recebeu liberdade provisória após passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (27).

Nadine Novello Conde Carlos, de 31 anos, foi detida pela Polícia Civil neste domingo (26) após fiscais do concurso para investigador desconfiarem dela no local da prova, na Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista. Segundo eles, a candidata estava inquieta, mexendo constantemente no casaco e olhando em todas as direções. Ela foi indiciada por fraude e associação criminosa.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, a suspeita deverá cumprir os seguintes requisitos para usufruir do benefício:

Pagar fiança de R$ 6,6 mil
Comparecer mensalmente em juízo para informar suas atividades
Manter endereço atualizado
Não sair da cidade de residência por mais de oito dias sem prévia comunicação
Não se se inscrever em concursos públicos enquanto durar o processo
Caso deixe de cumprir qualquer exigência, Nadine será reconduzida à prisão

Entenda o caso

Durante o concurso, fiscais se aproximaram da carteira dela e pediram que a candidata retirasse o casaco. Como ela se recusou, a coordenação foi chamada. Nadine então pediu para ir ao banheiro e, quando saiu da sala, foi seguida pela coordenação, que passou o detector de metais em sua roupa. O equipamento emitiu sinal sonoro.

Em seguida, verificaram que na manga do casaco havia uma câmera similar à usada para conversas em webcam. Segundo o boletim de ocorrência do caso, Nadine depois mostrou que o receptor do sinal das câmeras estava dentro de sua calça. E o ponto eletrônico havia sido escondido dentro do sutiã.

Candidata fica em silêncio

A Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 3ª Delegacia Seccional Oeste foi chamada depois pela coordenação e por fiscais do concurso. Chegando ao local, eles perguntaram quem havia contratado Nadine para fazer a fraude, quanto havia recebido em dinheiro por isso e quantas pessoas participavam do esquema criminoso. Mas ela não quis responder e ficou em silêncio.

O g1 tenta contato com a defesa de Nadine e a Vunesp, organizadora do concurso, para comentarem o assunto. Em suas páginas nas redes sociais, ela mostra fotos do seu cotidiano, como praticar tiro ao alvo (veja acima).

Em outras publicações, ela se apresenta como advogada e informa que dá assessoria jurídica (veja foto abaixo). O nome dela não consta no Cadastro Nacional de Advogados (CNA) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O caso foi registrado no plantão do 91º Distrito Policial (DP), Ceasa. A investigação será feita pelo 23º DP, Perdizes. A Polícia Civil vai apurar se mais pessoas estão envolvidas nos crimes. As penas para fraude vão de um a quatro anos de prisão. Associação criminosa prevê punição de até três anos de reclusão.

Pai de candidata é investigador

O pai dela é um investigador do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) em São Paulo. A reportagem entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) que respondeu que, se ficar comprovada a participação de policiais no esquema, eles responderão criminalmente por isso.

“A Polícia Civil investiga um caso de fraude e organização criminosa, após uma mulher ser pega com uma escuta, em uma prova para um concurso. A autoridade policial realiza diligência para identificar outros envolvidos no crime. Se confirmada a participação de algum servidor da instituição no caso, as devidas medidas serão tomadas pela Corregedoria da Polícia Civil”, informa nota divulgada pela pasta da Segurança.

A investigação vai analisar câmeras de segurança para saber quem levou Nadine até a Universidade Paulista (Unip), na Avenida Marques de São Vicente, onde ela iria fazer a prova para a vaga de investigador da Polícia Civil.

Além de ponto eletrônico, câmera e receptor encontrados com Nadine, o Cerco também apreendeu o celular dela. O aparelho, no entanto, não chegou a ser usado durante a prova. Estava guardado conforme orientação da organização. Mesmo assim passará por perícia, assim como os demais objetos.

A polícia investiga se Nadine iria ou filmou a prova para que ela fosse feita por outras pessoas fora da universidade. E depois o grupo passasse as respostas por ponto eletrônico.

24, nov 2023
Polícia prende o último suspeito de estupro coletivo e encerra inquérito

Kaua Assis Franco Bragança é o terceiro adulto preso no caso. Outros dois menores também foram apreendidos.

Policiais da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) prenderam nesta quinta-feira (23) Kaua Assis Franco Bragança, de 20 anos, em Nova Iguaçu. Ele é suspeito de participar do estupro coletivo de uma adolescente de 15 anos no início do mês.

Imagens gravadas e divulgadas pelos criminosos mostraram a vítima desacordada enquanto sofria abusos.

Kaua é o terceiro adulto preso no caso – outros dois menores também foram apreendidos. Ele era procurado desde o dia 7, quando foi feito registro na especializada.

No dia 8, quando foi preso Elivelton Silva Amorim, a polícia conseguiu identificar Kaua, tentou intimá-lo, mas ele fugiu – inclusive pintou o cabelo de preto na tentativa de não ser reconhecido.

Segundo a polícia, nesta quinta “o autor prestou declarações e disse que não tinha intenção de estuprar a vítima que estava desacordada, que foi no intuito de brincar, pois todos estavam rindo”.

 

23, nov 2023
Suspeito de matar a mulher no Ceará pesquisava pornografia de ‘esposa’ e ‘traição’; polícia investiga motivação do crime

Investigações apontaram que ele a sedou na própria residência e depois a levou para o terreno baldio. Polícia achou no celular do marido pesquisas sobre o mesmo sedativo achado no cadáver da vítima.

Rafael Machado Ramos de Vasconcelos, 49 anos, preso por suspeita de matar a própria esposa na cidade de Varjota, no Ceará, pesquisava conteúdos pornográficos sobre “esposas” e “traição”, conforme o delegado Afonso Timbó. Ele é investigado por matar a professora Flávia Maria Lopes de Sena Vasconcelos, 49.

O interesse de pesquisa dele no material pornográfico sempre envolvia esposa, traição. Ele fazia muita pesquisa desse tipo”, disse o titular da Delegacia Municipal de Varjota. O suspeito também fazia pesquisas sobre sedativos para usar contra a vítima.

A professora foi encontrada sem vida, em um terreno baldio no dia 25 de outubro. A motivação do assassinato ainda é investigado pela Polícia Civil. Para o delegado, o inquérito foi concluído, e feminicídio solucionado.

Afonso Timbó afirmou que, durante o depoimento, tudo dito pelo marido da vítima foi confrontado pelas câmeras de segurança e outras provas descobertas pelas investigações, que desmentiram as afirmações do marido.

No celular de Rafael Machado, por exemplo, de acordo com Afonso Timbó, havia pesquisas sobre um sedativo que durante a perícia foi achado no cadáver da vítima. Outro assunto observado no celular do marido era o “que fazer quando uma pessoa fica desaparecida”, além de pesquisas sobre preços de passagens para o Rio de Janeiro, “destino para uma possível fuga”.

Sedada e morta em casa
O desaparecimento de Flávia foi comunicado à polícia, na época, pelo próprio marido, que também divulgou o caso nas redes sociais. Segundo Rafael, a mulher havia saído de casa por volta das 19h do dia 24 de outubro para fazer a atividade física e não retornou. Esse depoimento do marido intrigou os investigadores.

A polícia descobriu que existem imagens do seu carro saindo em direção à localidade onde o corpo da professora foi achado. As investigações levaram a crer que Rafael sedou a esposa em casa pela tarde e levou o corpo dela para o terreno no início da noite. Uma prova disso é que ele retorna sozinho com o veículo uma hora depois do crime e mandar lavá-lo.

Outro fator que incrimina Rafael é que ele alterou sua própria rotina no dia do desaparecimento da esposa. Ele sempre ia a um mesmo restaurante e no dia do crime ele não compareceu ao estabelecimento. Ainda foram encontrados pela manhã conversa entre eles, troca de áudios que a vítima enviou, o que não ocorreu no período da tarde.

Ainda de acordo com delegado, um fato que também contribuiu para sua incriminação é que ele deixou os dois filhos, o de 14 e 22 anos, trancados no quarto e não comunicou o desaparecimento da mulher para os familiares e amigos.

Durante os trabalhos de busca e apreensão, os policiais encontraram resquícios de fogueira. O marido teria queimado roupas íntimas da professora.

22, nov 2023
Pedreiro envolvido em morte de jovem concretada debaixo de escada é condenado a quase 28 anos de prisão

Joice Maria da Glória Rodrigues, de 25 anos, foi estrangulada com uma camisa. O corpo dela foi ocultado na obra em que o condenado trabalhava, em São Vicente, SP.

O pedreiro Edmilson Veríssimo da Silva, de 56 anos, foi condenado a 27 anos e 10 meses de prisão pela morte de prisão pela morte de Joice Maria da Glória Rodrigues. Ela ficou desaparecida por oito dias e foi encontrada concretada em uma parede em São Vicente, no litoral de São Paulo. O julgamento aconteceu nesta terça-feira (22).

A vítima foi dada como desaparecida em 27 de setembro de 2021, após ter saído de casa dizendo que visitaria o avô. A equipe da 3ª Delegacia de Homicídios conduziu o caso, que resultou na prisão de Jonathas Soares de Santana, de 37 anos, condenado a 29 anos e dez meses de prisão, e do pedreiro detido no mês posterior ao sumiço da jovem.

A reportagem da TV Tribuna, afiliada da Globo, tentou acompanhar o júri popular no Fórum de São Vicente, que começou às 10h e foi encerrado por volta das 20h30, mas não foi autorizada pelo juiz Alexandre Torres de Aguiar.

Edmilson, na época, contou que havia usado drogas e mantido relações sexuais com a jovem, que depois ficou com Jonathas. O pedreiro contou que estava no segundo piso da obra, no bairro Esplanada dos Barreiros, quando o autônomo e a mulher começaram a discutir.

No interrogatório, Edmilson disse ter descido para ajudar o outro homem a matar Joice, que foi estrangulada com uma camiseta, e teve o corpo colocado em um vão debaixo da escada. O local, em seguida, foi concretado.

Desaparecimento

A jovem Joice Maria da Glória Rodrigues, de 25 anos, foi encontrada morta e concretada em uma parede de um imóvel em construção, em São Vicente. A Polícia Civil localizou o corpo da vítima em 5 de outubro de 2021.

Ela havia sumido após visitar o avô, que mora no bairro Parque Bitaru, na Área Insular. O marido de Joice foi o último a ter contato com a jovem, em 26 de setembro. De acordo com a família, a vítima tinha ligado para dizer que estava em um ponto de ônibus prestes a voltar para casa, no bairro Quarentenário.

“Ela disse que estava no ponto para pegar a condução e ia para casa. Ele ficou esperando ela, mas o tempo foi passando e ela não apareceu”, disse à época a irmã da vítima Maria da Glória Rodrigues.

Os familiares passaram a ligar para o telefone dela, mas as chamadas terminavam na caixa postal. Eles também fizeram o trajeto que ela percorreria até chegar em casa em busca de pistas, mas as tentativas foram em vão.

O caso só chegou a um desfecho após a polícia começar a investigar e chegar a Jonathas, que confessou ter cometido o crime.