2, dez 2016
Prefeita de Ribeirão Preto é presa na operação Mamãe Noel
PF e Gaeco vão esclarecer detalhes da prisão e motivos em entrevista coletiva nesta manhã
Ribeirão Preto – A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), foi presa na manhã desta sexta-feira, 2, em sua casa, na cidade do interior paulista, na Operação Mamãe Noel, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco).
A ação cumpre mandados de prisão preventiva, de busca e apreensão e bloqueio de bens em três cidades do Estado de São Paulo, e é a segunda fase da Operação Sevandija, iniciada em 1º de setembro, que apura o desvio de um total de R$ 203 milhões nos cofres públicos da cidade do interior paulista.
De acordo com a PF, Dárcy foi presa a pedido da Procuradoria Geral do Estado. A polícia e o Gaeco darão entrevista coletiva para detalhar a operação e as outras prisões às 10h30 desta sexta, na sede do Ministério Público de Ribeirão Preto.
Segundo a Polícia Federal, a nova operação apura crimes de peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso, corrupção ativa e passiva, entre outros.
O nome “Mamãe Noel”, é uma referência às evidências de que a ex-advogada do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ribeirão Preto Maria Zuely Librandi repassou, entre 2013 e 2016, mais de R$ 5 milhões aos demais denunciados, em dinheiro e cheques, desviados da prefeitura de Ribeirão Preto.
O esquema de desvio no Sindicato dos Servidores Públicos Municipais foi descoberto acidentalmente nas investigações da Operação Sevandija, que envolveram interceptações telefônicas, análise de milhares de documentos e investiga o pagamento de propina para a liberação de honorários advocatícios. Por conta do plano Collor, o Sindicato dos Servidores venceu uma ação de R$ 800 milhões contra o poder público.
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- Por Notícias
2, dez 2016
Operação Mamãe Noel: quatro são detidos em Ribeirão Preto
Polícia Federal e Ministério Público deflagraram segunda fase da Operação Sevandija nesta sexta-feira, 2; veja quem foi encaminhado à sede da PF
A Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagraram a segunda fase da Operação Sevandija, em Ribeirão Preto, na manhã desta sexta-feira, 2. Até o momento, quatro pessoas estão detidas, entre elas a prefeita Dárcy Vera (PSD).
Além de Dárcy, foram detidos a ex-advogada do Sindicato dos Servidores, Maria Zuely Librandi, o também ex-advogado do Sindicato, Sandro Rovani, e o ex-superintendente do Daerp e da Coderp, Marco Antonio dos Santos.
1, mar 2016
Ex-jogador do Grêmio, deputado Mário Jardel é denunciado por desvio de dinheiro
O procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Marcelo Lemos Dornelles, ofereceu denúncia ao Tribunal de Justiça do Estado nesta segunda-feira, 29, contra o ex-jogador de futebol e deputado estadual Mário Jardel (PSD)e outras dez pessoas. O grupo é investigado pela Operação Gol Contra, deflagrada pelo Ministério Público em novembro de 2015. O parlamentar que foi ídolo do Grêmio nos anos 90 é denunciado por organização criminosa, uso de documento falso, concussão, peculato, lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. De acordo com a denúncia, entre os meses de fevereiro e novembro de 2015, Jardel, o assessor parlamentar Christian Vontobel Miller, o chefe de gabinete Roger Antônio Foresta, o coordenador-geral de Bancada do PSD, Ricardo Fialho Tafas, e o chefe de gabinete da liderança do PSD, Francisco Demetrio Tafras, integraram organização criminosa com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagens econômicas mediante a prática de crimes contra a administração pública, como peculato e concussão, além do uso de documentos falsos e da lavagem de dinheiro. Ainda conforme o MP, as irregularidades começaram no primeiro dia do mandato de Jardel na Assembleia Legislativa. Entre os delitos, destaca-se a exigência de repasse de parte de salários e de verbas indenizatórias de servidores. O valor desviado, entre abril e novembro do ano passado, é estimado em R$ 212.203,75, aponta o MP. Entre os denunciados estão assessores, um traficante de drogas e funcionários fantasmas. A reportagem procurou nesta terça-feira, 1º, a assessoria de Jardel, mas não houve resposta.
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Justiça afasta prefeito de cidade cearense que estava há um mês em hospital sem pedir licença médica
Luiz Menezes de Lima está internado desde o dia 15 de setembro, no entanto, conforme a Lei Orgânica do município, ele não pode se ausentar por mais de 15 dias sem permissão da Câmara Municipal.
O prefeito de Tianguá, Luiz Menezes de Lima (PSD), foi afastado do cargo nesta terça-feira (31) por determinação da Justiça cearense após passar mais de um mês internado em um hospital em Fortaleza sem pedir licença médica e sem passar o cargo ao vice.
A decisão é da 2ª Vara da Comarca de Tianguá. No despacho, o juiz Felipe William Silva destacou que qualquer ausência do cargo superior a 15 dias exige autorização prévia da Câmara Municipal, o que não ocorreu – o prefeito sequer enviou o pedido de licença para os vereadores.
De acordo com Ministério Público do Ceará (MP-CE), Luiz Menezes está, pelo menos, desde o dia 15 de setembro internado na UTI de um hospital particular em Fortaleza. Apesar disso, documentos oficiais da gestão emitidos no período apareceram com a assinatura digital de Luiz Menezes, o que fez a oposição na Câmara questionar quem estava efetivamente governando o município.
Na decisão desta terça-feira, o juiz ordenou que a Câmara de Vereadores tome as providências necessárias para o afastamento de Luiz Menezes e a posse do vice-prefeito, Alex Nunes (sem partido), que deve ficar no cargo até que o prefeito tenha condições físicas para reassumir o mandato.
O g1 tentou contatar o presidente da Câmara Municipal, o vereador Elvis Lima, para obter mais informações sobre o cumprimento da decisão judicial e a posse do vice-prefeito, mas não foi atendido.
O vice-prefeito, Alex Nunes, afirmou ao g1 que a posse deve ocorrer ainda nesta terça-feira. Conforme o gestor, seu primeiro ato será exonerar todos os secretários nomeados por Luiz Menezes. “Exonerar os secretários e tomar fé da situação do município, tem mais de 45 dias que o prefeito está internado, a gente não sabe como está lá”, disse.
Ministério Público comprovou ausência do prefeito
No dia 16 de outubro, a promotora Anna Celina de Oliveira Nunes Assis, titular da 7ª Promotoria de Justiça de Tianguá, encaminhou à Câmara de Vereadores do município um relatório e outros documentos que comprovam que o prefeito Luiz Menezes de Lima está ausente do cargo por um período superior ao autorizado pela lei.
Segundo o MP, agentes do órgão tentaram notificar Luiz Menezes por 16 dias consecutivos, não tendo encontrado o prefeito em nenhuma das tentativas. O Ministério Público também tentou notificar o prefeito através do WhatsApp, mas não obteve retorno.
Nos documentos que enviou para a Câmara Municipal analisar, o MP apontou que encaminhou para a Polícia Civil informações para a instauração de um inquérito policial contra quatro servidores da prefeitura por falso testemunho, uma vez que os quatro teriam afirmado ao Ministério Público que Luiz Menezes estava cumprindo suas obrigações do cargo normalmente.
A oposição ao prefeito denuncia há meses que Luiz Menezes não vem exercendo suas funções. O Ministério Público chegou a abrir um procedimento para investigar a suposta ausência do prefeito, no entanto, o procedimento foi encerrado em julho.