TJMG 10/04/2015 / Doc. / 81 / Caderno 1 - Diário do Executivo / Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais
Minas Gerais - Caderno 1 Diário do Executivo
sexta-feira, 10 de Abril de 2015 – 81
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REDENTOR ENERGIA S.A.
CNPJ 12.126.500/0001-53
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
3$5$2(;(5&Ì&,2),1'2(0'('(=(0%52'( 9DORUHVH[SUHVVRVHPPLOKDUHVGHUHDLVH[FHWRTXDQGRHVSHFLÀFDGR
Fornecedores
Contas a pagar a fornecedores de bens e serviços necessários às operações da Companhia, cujos valores são conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos
correspondentes encargos e variações monetárias incorridas até a data do balanço.
Estes saldos estão classificados como “passivo financeiro não mensurado ao valor justo”
e se encontram reconhecidos pelo seu custo amortizado, que não diverge significativamente do valor justo.
A seguir é apresentada a análise de sensibilidade para oscilações das taxas de juros,
demonstrando os possíveis impactos no resultado financeiro.
A metodologia utilizada para o “Cenário Provável” (cenário I) considerou a taxa de juros, projetando-se o CDI para 31 de dezembro de 2015 em 12,50% conforme expectativa
de mercado baseada em dados divulgados pelo BACEN (Relatório Focus - Mediana Top
5 de médio prazo), em 02 de janeiro de 2015. Para os cenários II e III, foram adotadas
as premissas de redução desta taxa projetada do CDI em 25% e 50%, respectivamente.
A seguir é apresentada a análise de sensibilidade para oscilações das taxas de juros,
demonstrando os possíveis impactos no resultado financeiro.
Risco de Redução das Taxas de Juros:
Consolidado
Valor Cenário Cenário Cenário
Risco
contábil
I
II
III
$SOLFDo}HV¿QDQFHLUDV
(nota 3) ................................. Queda do CDI
735
827
804
781
Títulos e Valores Mobiliários . Queda do CDI
8.526
9.592
9.326
9.059
Total .......................................
9.261
10.419
10.129
9.840
Impacto decorrente de
decréscimos nas taxas ..........
1.158
(289)
(579)
(a) Valor Justo dos instrumentos financeiros
Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia e sua controlada possuíam como instrumentos financeiros - aplicações financeiras, classificadas como equivalente de caixa e
mensuradas a valor justo por meio do resultado, o qual é classificado como Nível 2.
Existem três tipos de níveis para classificação do valor justo referente a instrumentos
financeiros. A hierarquia fornece prioridade para preços cotados, não ajustados em
mercado ativo, referente, a ativo ou passivo financeiro. A classificação dos níveis hierárquicos pode ser apresentada conforme exposto abaixo:
Nível 1 - Dados provenientes de mercado ativo (preço cotado não ajustado) de forma
que seja possível acessar diariamente, inclusive na data da mensuração do valor justo.
Nível 2 - Dados diferentes dos provenientes de mercado ativo (preço cotado não ajustado) incluídos no Nível 1, extraído de modelo de precificação baseado em dados
observáveis de mercado.
Nível 3 - Dados extraídos de modelo de precificação baseado em dados não observáveis de mercado.
(b) Considerações gerais
A Companhia efetua análise dos seus instrumentos financeiros, a saber: caixa e equivalentes de caixa, fornecedores, procedendo às devidas adequações em sua contabilização,
quando necessário.
A administração desses instrumentos é efetuada por meio de estratégias operacionais e
controles internos visando assegurar liquidez, rentabilidade e segurança. A política de
controle consiste em acompanhamento permanente das condições contratadas versus
condições vigentes no mercado.
(c) Política de utilização de derivativos
A Companhia e sua controlada não possuem operações com derivativos em 31de dezembro de 2014. No entanto, caso haja utilização poderá ser considerada com a finalidade
de evitar exposições a riscos.
(d) Gestão de risco
Os principais ativos da Companhia são os investimentos indiretos na Light, companhia
de capital aberto. Os riscos identificados por essa empresa são de crédito, mercado, taxa
de juros e taxa câmbio. Os detalhamentos desses riscos estão divulgados nas notas explicativas das demonstrações financeiras dessa investida.
13. INFORMAÇÕES POR SEGMENTOS OPERACIONAIS
A Companhia é uma “holding”, que tem por objeto a participação no capital social de
outras sociedades, consórcios e empreendimentos que atuem no setor de energia elétrica ou em atividades correlatas. Desta maneira, a Administração acredita que opera em
um único segmento. Assim, a sua demonstração de resultados, e as demais informações
constantes nestas notas explicativas, apresentam as informações requeridas sobre seu
segmento operacional.
14. SEGUROS
A Companhia, por ser uma holding com participação indireta na Light, por meio da sua
controlada RME, entende ser desnecessária a contratação de seguros para cobertura de
possíveis riscos, já que a investida Light, principal empresa exposta a riscos tem contratado seguros para: i) Directors&Officers (D&O), ii) Responsabilidade Civil e Geral
e iii) Riscos Operacionais, e desta forma sua Administração entende ser suficiente os
seguros efetuados.
15. EVENTOS SUBSEQUENTES
Revisão tarifária extraordinária
Em reunião pública realizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em
27 de fevereiro, foi aprovado um índice médio de reajuste tarifário extraordinário de
22,48%, da investida indireta Light SESA, com vigência a partir de 02 de março de
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Aos Acionistas, Conselheiros e Diretores da
Redentor Energia S.A.
Belo Horizonte - MG
Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Redentor Energia S.A. (“Companhia”), identificadas como Controladora e Consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2014 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio
líquido e dos fluxos de caixa, para o exercício findo naquela data, assim como o resumo
das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.
Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras
A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação
dessas demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil e de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), assim
como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e
internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas
pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras.
Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente
se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles
internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas
circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação
das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela
administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras
tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Opinião
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial
e financeira, individual e consolidada, da Redentor Energia S.A. em 31 de dezembro de
2014, o desempenho individual e consolidado de suas operações e os seus respectivos
fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).
Ênfases
Repasses de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para investida
indireta
Sem modificar nossa opinião sobre as demonstrações financeiras da Companhia para o
exercício findo em 31 de dezembro de 2014, chamamos atenção para o assunto descrito
na nota explicativa nº 7, referente ao registro feito por controlada da investida indireta
Light Serviços de Eletricidade S.A., na forma de redução do custo de energia comprada
para revenda, de repasses de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético - CDE,
já homologados pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, estabelecidos por
meio do Decreto nº 7.945/13.
Outros assuntos
Demonstrações do valor adicionado
Examinamos, também, as demonstrações individual e consolidada do valor adicionado
(DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014, preparadas sob a
responsabilidade da administração da Companhia, cuja apresentação é requerida pela
legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar pelas IFRS, que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram
submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa
opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em
relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Belo Horizonte, 18 de março de 2015.
DELOITTE TOUCHE TOHMATSU
Auditores Independentes
CRC-2SP 011.609/O-8 F/MG
2015. Cabe observar que os consumidores residenciais perceberão um aumento inferior
à média, de 21,06%. A Revisão Tarifária Extraordinária (“RTE”) está prevista nos contratos de concessão das distribuidoras sendo permitido que a Aneel revise suas tarifas
quando houver um desequilíbrio econômico-financeiro nos contratos resultante de alterações nos custos não gerenciáveis das concessionárias, tais como custos de compra
de energia e encargos. Os itens que impactaram no reajuste tarifário extraordinário de
22,48% foram (i) as Novas Quotas CDE (18,19%) e (ii) a Tarifa de Itaipu e demais
contratos de energia (4,29%).
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
César Vaz de Melo Fernandes
Oderval Esteves Duarte Filho
Fabiano Macanham Fontes
Maura Galuppo Botelho Martins
Paulo Ângelo Carvalho de Souza
CONSELHO FISCAL
Efetivos
Francisco Luiz Moreira Penna
Ronald Gastão Andrade Reis
AmancioAcurcio Gouveia
Francisco Vicente Santana Silva Telles
Suplentes
Eduardo José de Souza
Aliomar Silva Lima
Paulo César Teodoro Bechtlufft
Antônio Kardec Gomes
DIRETORIA
Paulo Eduardo Pereira Guimarães - Diretor Presidente
Roberto Schäfer de Castro - Diretor Financeiro e de Relações com Investidores
João Alan Haddad - Diretor
CONTADOR
Edmundo Leão de Matos Filho
CRC-MG nº 56.401/O-6
PARECER DO CONSELHO FISCAL
Os membros do Conselho Fiscal da Redentor Energia S.A., infra-assinados, no desempenho de suas funções legais e estatutárias, examinaram o Relatório da Administração e as
Demonstrações Financeiras, referentes ao exercício findo em 31-12-2014, e respectivos
documentos complementares. Após verificarem que os documentos acima mencionados
refletem a situação econômico-financeira da Empresa e considerando, também, os esclarecimentos prestados pelos representantes da Administração da Companhia e de seus
auditores independentes (Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes), os membros do Conselho Fiscal, por unanimidade, opinaram favoravelmente à aprovação na
Assembleia Geral Ordinária, a realizar-se até 27-04-2015.
Belo Horizonte, 18 de março de 2015.
Ronald Gastão Andrade Reis
Francisco Luiz Moreira Penna
Francisco Vicente Santana Silva Telles
Amancio Acúrcio Gouveia
DECLARAÇÃO DOS DIRETORES
Em atendimento ao artigo 25, parágrafo 1º, incisos V e VI, da Instrução CVM nº 480/09,
os Diretores da Companhia, Srs. Paulo Eduardo Pereira Guimaraes, Diretor Presidente;
Roberto Schäfer de Castro, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, e João
Alan Haddad, Diretor sem designação específica, declaram que: (a) reviram, discutiram
e concordam com as demonstrações financeiras referentes a 31 de dezembro de 2014; e
(b) reviram, discutiram e concordam, sem quaisquer ressalvas, com as opiniões expressas no parecer emitido em 18 de março de 2015 pela Deloitte Touche Tohmatsu - Auditores Independentes, auditores independentes da Companhia, relacionadas às demonstrações financeiras da Companhia referentes a 31 de dezembro de 2014.
Leonardo Fonseca de Freitas Maia
Contador
CRC-1MG 079.276/O-7
612 cm -09 683638 - 1
Cidadania
Não durma com a televisão ligada. Poupe energia.
ECONOMIZE