TJSP 11/04/2013 / Doc. / 797 / Caderno 4 - Judicial - 1ª Instância - Interior - Parte II / Tribunal de Justiça de São Paulo
Disponibilização: Quinta-feira, 11 de Abril de 2013
Diário da Justiça Eletrônico - Caderno Judicial - 1ª Instância - Interior - Parte II
São Paulo, Ano VI - Edição 1392
797
realizado no Banco Itaú; que sabe que a Klappe não pagou o empréstimo; que estava fazendo um curso no IOB pago pela
Klappe; que neste local conheceu Andrea da área tributária e a depoente lhe pediu que ela lhe mostrasse como poderia aplicar
o que havia apreendido na Klappe; que os sócios gostaram da idéia e pediram que Andréa desse uma consultoria duas vezes
por semana. Afirma, outrossim, que foi da Andrea a idéia de realizar um empréstimo para os sócios; que não se lembra o valor,
mas a intenção era regularizar a situação; que enquanto a depoente estava na empresa o empréstimo não fora pago; que o
dinheiro, de fato, fora entregue aos sócios, que não se lembra da forma dessa entrega; que houve a entrada de notas de
materiais de construção na Klappe e crê que esses valores foram pagos pelo autor; que recebeu a nota e que a depoente
apenas contabilizava as notas; que segundo o autor as notas já estavam pagas; que as notas tinham como endereço a cidade
de Guarulhos e que o autor comentou que ele e sua esposa estavam construindo nessa cidade. Relatou que nunca tirou dinheiro
da Klappe para pagar essas notas; que as notas vinham escrito “a vista” com o carimbo de “pago”; que a JCM era um cliente da
Klappe; que o pessoal da JCM circulava tanto na Klappe como na KL; que a JCM também fabricava válvulas e as comprava
também da KL; que o ativo fixo que estava na KL e que pertencia à Klappe foi comprado pela JCM; que a depoente não estava
mais na empresa e não sabe dizer quando ocorreu essa transação; que ficou sabendo por intermédio dos funcionários Nilo e
Rosangela, que trabalharam tanto na Klappe como na KL e posteriormente na JCM; que não estava mais na empresa e não
sabe dizer quando ocorreu a transação entre a KL e a JCM. Relatou, ainda, que a empresa tinha tanto o mobiliário como os
programas já adequados ao funcionamento da Klappe; que os programas, porém, foram retirados da Klappe enquanto a
depoente ainda trabalhava no local; que teve de recomeçar do zero a utilizar o Excel; que refez manualmente todo o contas a
pagar e a receber; que segundo Elizeu houve um problema e por isso os bancos de dados foram apagados; que as máquinas
foram enviadas para a manutenção e que não mais retornaram enquanto a depoente estava trabalhando. Relatou, outrossim,
que o autor não soube desses problemas e ficou tão nervoso quanto a depoente; que foi cortado o plano de saúde do autor, bem
como o uso de linha telefônica; que os outros dois sócios queriam forçar a saída do autor; que o telefone da Klappe foi cortado
por falta de pagamento, apesar de haver caixa para honrar os compromissos; que notou que houve uma migração dos clientes
que compravam as peças feitas na Klappe, mas tratavam da venda diretamente com a KL. A testemunha José Carlos, ouvida às
fls. 174/175, relatou que foi o primeiro funcionário da Klappe; que lá permaneceu até aproximadamente 2006/2007, quando se
afastou por conta de um acidente; que o autor cuidava da parte de compras; que Elizeu trabalhava como vendedor e projetista;
que Marcos trabalhava como gerente de usinagem. Relatou, ainda, que ficou sabendo que houve um desacordo entre as partes
com relação à forma de comandar a empresa; que os dois sócios impunham a sua forma de administrar a empresa ao autor, que
era minoritário; que o autor entrou por volta de 2000/2002 e logo em seguida os problemas se iniciaram; que a KL foi criada por
volta de 2004, para dar sustento de usinagem a Klappe. Relatou, outrossim, que até onde sabiam, a KL pertencia aos três
sócios; que inicialmente a proposta era fugir de impostos; que a KL usava funcionários e maquinários todos da Klappe; que
enquanto a KL estava no primeiro endereço as coisas andavam normais; que quando houve a mudança para o segundo endereço
no Polvilho, houve restrição da entrada do depoente na KL; que depois ficou sabendo que a KL não estava no nome dos sócios
da Klappe, mas sim de Elias, sogro de Elizeu e de Gertrudes, mãe de Marcos; que notava que o autor era depreciado pelos
outros dois sócios, por não ser do ramo e era chamado de burro. Relatou, ademais, que sabe que houve corte da linha telefônica,
mas não sabe se este foi a origem da exclusão do autor; que respondia diretamente para Marcos; que a KL desde o início usava
as máquinas da Klappe; que os modelos tanto da KL como da Klappe eram iguais, pois inicialmente trabalhavam como se
fossem uma firma só; que ficou sabendo que a JCM comprou toda a estrutura física da KL, que pertencia a Klappe; que não
sabe dizer se houve uma migração dos clientes da Klappe para a JCM/KL. Afirmou que já havia saído da empresa quando a
JCM comprou o ativo fixo da KL; que enquanto trabalhava, foi alugado um galpão em frente a Klappe e lá eram guardados todos
os modelos da Klappe e da KL; que sabe que a parte relativa a alta pressão foi vendida para a empresa Fetterofi em Indaiatuba,
pelo menos uns 80%; que acredita que o restante ainda esteja na KL/JCM; que ficou sabendo que quase um ano depois que
saiu em auxílio doença o autor foi afastado da empresa; que ouviu falar que não deixaram o autor entrar na empresa. A
testemunha Cilas, ouvida às fls. 176, relatou que trabalhou na Klappe até 2008; que o autor era um dos sócios da empresa; que
ele cuidava dos suprimentos/compras; que Marcos principalmente cuidava da parte de usinagem, mas também lidava com as
outras áreas; que Elizeu era um dos sócios e que ele cuidava da parte dos projetos; que quando entrou em 2002 o autor já
estava na empresa. Relatou, ainda, que as discussões eram freqüentes entre os sócios; que o autor era preterido pelos outros
dois sócios; que presenciou várias discussões na qual o objetivo era fazer com que o autor se retirasse da empresa; que
segundo seu entendimento, os sócios queriam que a KL aumentasse o faturamento, enquanto a Klappe diminuía o seu; como
forma de excluir o autor. Relatou, outrossim, que os funcionários, máquinas e móveis da empresa KL eram oriundos da Klappe;
que inicialmente os clientes eram os mesmos; que os modelos eram os mesmos; que quando a JCM comprou a KL o depoente
já havia saído da Klappe; que o movimento da Klappe já estava ruim a essa época; que tudo era comprado e fabricado na
Klappe e faturado pela empresa KL; que assim a empresa KL era uma empresa robusta, sem dívidas; que não houve devolução
de equipamentos da KL para a Klappe; que viu as notas fiscais de envio dos equipamentos da Klappe para a KL, mas não viu as
notas de devolução dos mesmos para a Klappe; que quando saiu da empresa, o autor parou de ir na mesma, mas não sabe
dizer se sua entrada fora proibida. A testemunha Nilo, ouvida às fls. 177/178, relatou que o autor era um dos sócios da Klappe;
que trabalhou nesta empresa de 2001 a 2008; que o autor cuidava da parte de compras/suprimentos; que Marcos cuidava da
gestão industrial e que Elizeu cuidava da parte de engenharia e de gestão comercial; que Marcos e Elizeu sempre tentavam
excluir o autor; que Marcos tratava os assuntos diretamente com Elizeu, de modo a excluir o autor das decisões. Relatou, ainda,
que no começo havia harmonia entre os três, mas ao final o relacionamento estava bastante deteriorado; que presenciou Marcos
e Elizeu fazendo planos para o futuro, com exclusão do autor; que quando entrou o autor já estava na empresa; que a Klappe foi
criada em 2000 e a KL foi criada em 2008; que quem coordenava a empresa KL era Elizeu, apesar de não ser dono da empresa
junto ao registro; que Marcos também tinha relações com a KL, mas que o autor era excluído. Relatou, ainda, que quando saiu
da Klappe em junho de 2008, ficou trabalhando na empresa KL até março de 2009; que o depoente levou tanto o seu computador,
como seus livros da Klappe para a KL; que fez isso quando o autor não estava na Klappe; que presenciou a saída de máquinas,
dispositivos e modelos da Klappe para a KL; que os clientes da Klappe eram os mesmos da KL; que a maior parte dos valores
faturados ficava na KL, enquanto os funcionários da Klappe era pagos com recursos da KL; que a partir de 2007 as despesas da
Klappe passaram a ser maiores que as receitas, ocorrendo um grande prejuízo. Relatou, outrossim, que o depoente trabalhava
com CAD e na Klappe tinham três módulos deste programa; que este programa fora levado para a KL; que o depoente criou um
banco de dados no Acess para fazer controle dos modelos da Klappe; que um programa para gerenciamento de todos os
departamentos da Klappe fora levado para a KL, o programa Siskla; que cerca de mil modelos da Klappe foram levados para a
KL; que provavelmente o valor desses modelos era da ordem de um milhão de reais em sua totalidade, a um custo médio de R$
1.000,00. Relatou, ademais, que cerca de 25% desse montante fora vendido para outra empresa ainda pela Klappe para a
empresa Fetterofi; que Marcos respondia pelo administrativo e pelo financeiro da Klappe; que todos os ativos fixos da KL foram
vendidos para JCM; que também fora incluído na leva; que trabalhou para a JCM por quatro dias; que não gostou da sua nova
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